Assembleia alerta sobre risco da cardiopatia congênita

Imagem: Dia da Conscientização da Cardiopatia Congênita foi realizado no saguão.
Dia da Conscientização da Cardiopatia Congênita foi realizado no saguão.
12/06/2013 - 10:01 Por: Paulo Fernandes    Foto: Giuliano Lopes

Por proposição do vice-líder do governo, deputado Marcio Fernandes (PTdoB), a Assembleia Legislativa ofereceu, nesta quarta-feira (12/6), no saguão, um café da manhã alusivo ao Dia da Conscientização da Cardiopatia Congênita. A intenção foi divulgar os riscos desse defeito congênito.

Marcio Fernandes é autor da lei que obriga a realização do Teste do Coraçãozinho (oximetria de pulso) nos recém-nascidos. Mato Grosso do Sul é o primeiro Estado da federação a ter essa exigência para os hospitais e maternidades.

O broche com o lacinho que simboliza a cardiopatia congênita também foi distribuído. As cores lembram o fluxo sanguíneo no coração. O vermelho representa o sangue arterial e o azul, o venoso. O encontro dos dois laços forma um coração.

“Espero que esse símbolo ajude a divulgar a cardiopatia. Um em cada 100 nascidos vivos tem cardiopatia congênita. O diagnóstico precoce é importante porque pode evitar mortes”, alertou o Marcio Fernandes.

O neonatologista Durval Palhares afirmou que muitos recém-nascidos no Brasil recebem alta, sem que os médicos e a família saibam que ele tem uma cardiopatia congênita. “Isso poderia ser diagnosticado antes de a criança sair do hospital, com a oximetria de pulso”, disse. “Com a internação precoce, podemos salvar uma vida”.

A Neonatologia é o ramo da Pediatria que ocupa-se das crianças desde o nascimento até os 28 dias, quando elas deixam de ser nomeadas recém-nascidas e passam a ser lactentes.

A coordenadora da Associação de Assistência à Criança Cardiopata – Pequenos Corações, Liliane Caramel, conta que dependendo da gravidade da anormalidade ela pode ser diagnosticada ainda durante a gestação. Em outros casos, ela é detectada por meio da oximetria de pulso, no nascimento.

“Das crianças com cardiopatia congênita, 67% têm o diagnóstico precoce e apenas 30% o tratamento adequado. Das 33% que não são diagnosticadas a tempo, a grande maioria acaba falecendo”, conta Liliane.

A Pequenos Corações é uma entidade sem fins lucrativos, com sede em São Paulo, e que atua em todo o território nacional, prestando assistência às crianças acometidas de Cardiopatia Congênita e suas famílias. Ela orienta e auxilia as famílias com crianças cardiopatas no Brasil para que tenham acesso a tratamento adequado e uma vida feliz, como qualquer outra.

A Cardiopatia Congênita é qualquer anormalidade na estrutura ou função do coração que surge nas primeiras 8 semanas de gestação quando se forma o coração do bebê. Ocorre por uma alteração no desenvolvimento embrionário da estrutura cardíaca, mesmo que descoberto no nascimento ou anos mais tarde. É o defeito congênito mais comum e uma das principais causas de óbitos relacionadas a malformações congênitas.

Serviço - Quem quiser ajudar a Pequenos Corações pode depositar qualquer quantia na agência 3386-3, conta corrente 18603-1, Banco do Brasil.
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