Programa deve levar saúde preventiva a educadores

Imagem: Tetila quer programa de saúde preventiva a profissionais da educação.
Tetila quer programa de saúde preventiva a profissionais da educação.
17/07/2013 - 12:39 Por: Nathália Barros    Foto: Giuliano Lopes

O deputado estadual Laerte Tetila (PT), apresentou na manhã desta quarta-feira (17/7), projeto de lei que autoriza o Poder Executivo a instituir o Programa de Saúde Preventiva para os profissionais do sistema público de ensino do Estado.

O objetivo, de acordo com o autor da matéria, é a prevenção de doenças relacionadas ao trabalho. “Os profissionais da educação ocupam o segundo lugar na relação de categorias que enfrentam o maior quadro de doenças psicossomáticas. Portanto, acredito que precisam desse acompanhamento para poderem desenvolver suas atividades com plenitude”, defendeu o parlamentar.

O projeto de lei prevê que serão desenvolvidas ações de prevenção, capacitação, proteção, recuperação e assistência. Isso quer dizer que os profissionais deverão passar por avaliações médicas, além da realização de campanhas informativas, formativas e de orientação sobre doenças relacionadas ao trabalho, bem como sobre procedimentos, atitudes e comportamentos que garantem boa saúde no exercício das atividades docentes.

Os profissionais também passarão a receber atendimento terapêutico. Todos esses exames deverão ser realizados por equipes multidisciplinares que contarão com otorrinolaringologistas, fonoaudiólogos e profissionais com especialidades em saúde mental e medicina do trabalho.

Entre as doenças que mais acometem os profissionais do segmento então o estresse, fadiga, síndrome do pânico, rinite alérgica, disfunções vocais etc. Conforme pesquisa realizada, 15,7% dos 8.744 entrevistados apresentaram a síndrome de Burnout, que reflete intenso sofrimento causado por estresse laboral crônico.

Outra pesquisa, realizada em 2003 pela CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação) com cerca de 4.500 profissionais, mostrou que devido ao excesso de trabalho, pelo menos 22% dos educadores tiveram que pedir licença por motivo de doença e se afastar das salas de aula.

“Não dá mais para fechar os olhos para este problema. Os professores precisam ser valorizados e receber a atenção necessária. Se dedicam à educação de nossas crianças, que são o futuro da nação e, portanto, precisam estar saudáveis para realizar suas atividades com plenitude”, finalizou Tetila.
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