Fernandes quer viabilização do Corredor Rodoviário Bioceânico

Imagem: Para deputado, rota de integração garantirá a exportação de cargas por rodovias até portos no Chile.
Para deputado, rota de integração garantirá a exportação de cargas por rodovias até portos no Chile.
24/09/2013 - 11:56 Por: Heloíse Gimenes    Foto: Giuliano Lopes

De janeiro a julho deste ano, a receita de exportação de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul atingiu US$ 2 bilhões, o que representa um aumento de 24,6% em relação ao mesmo período do ano passado. O bloco econômico asiático é quem compra cerca de 35% de todos os produtos exportados do Estado.

Para que o Estado ganhe ainda mais competitividade internacional, o deputado Marcio Fernandes (PTdoB) defendeu na tribuna, durante sessão desta terça-feira (24/9), a viabilização do Corredor Rodoviário Bioceânico. A rota de integração é considerada uma importante alternativa para o escoamento e redução do frete.

Para fortalecer a discussão, o Sindicato das Empresas de Transporte Rodoviário de Carga do Estado de Mato Grosso do Sul realizará a expedição “Rota da Integração Latino-Americana – Unindo Povos, ligando Oceanos”, que sairá de Campo Grande no próximo dia 27. Devem participar cerca de 100 pessoas, que irão percorrer 5933 quilômetros no Brasil, Paraguai, Bolívia e Chile.

“Como presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária e Políticas Rural, Agrária e Pesqueira, apoio esta iniciativa. Acredito que a rota de integração irá viabilizar o Corredor Rodoviário Bioceânico e garantirá a exportação de cargas por rodovias até os portos de Arica e Iquiqui, no Chile. A expedição tem o propósito de verificar as reais vantagens e as dificuldades na utilização dessa rota, buscando escapar dos problemas de embarque de mercadorias e grãos e desafogar os portos de Santos e Paranaguá”, explicou Marcio Fernandes.

Ainda de acordo com o parlamentar, as tarifas portuárias no Chile são 70% menores que as praticadas no Brasil. A viabilização do Corredor Rodoviário Bioceânico permitirá a economia no frete marítimo, com a redução entre cinco e oito mil quilômetros e de cinco a seis dias a menos no transporte de mercadorias para a Ásia.

“A efetivação da rota de integração trará benefícios importantes para o intercâmbio comercial entre o Chile e o Brasil. As experiências da expedição serão relatadas aos governos brasileiro, chileno e boliviano, na expectativa legítima de que contribua para a eliminação das barreiras legais que ainda persistem e que atrasam a integração. Que essa rota tão sonhada deixe de ser um projeto e passe a ser realidade”, afirmou o parlamentar.
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