Trad e Almi contestam fechamento de juizado nas Moreninhas

O deputado estadual Marquinhos Trad (PMDB) ocupou a tribuna durante a sessão desta quinta-feira (13/2) para contestar a decisão do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) de formalizar, anteontem, a compra do prédio onde antes funcionava o Shopping 26 de Agosto, na região central da capital, e anunciar que no local serão abrigados os juizados de pequenas causas. A justificativa do Poder Judiciário é de que o lugar possui excelente localização e proporcionará fácil acesso para todos os cidadãos que necessitarem utilizar os serviços.

No entanto, para Trad esta é “uma decisão equivocada, contestada até pelos próprios magistrados. Dezesseis deles votaram contra. Quem será prejudicado é o cidadão de baixo poder aquisitivo que, sem ter, sequer, passe de ônibus, deixará de buscar a justiça por ser impedido de chegar até ela”.

Em Campo Grande, conforme Marquinhos, há três juizados especiais. Um está localizado na rua Joaquim Murtinho, no centro da capital, outro na UCDB (Universidade Católica Dom Bosco) e o terceiro nas Moreninhas. Esse último foi instalado há 15 anos e possui três mil processos em andamento, onde aproximadamente 50 atendimentos são realizados diariamente e, em média, 140 mil pessoas, que moram nos cerca de 60 bairros da região, recorrem à unidade.

“Os juizados especiais foram criados para que o judiciário se aproxime da população e não o contrário. O juizado das Moreninhas é uma conquista antiga da comunidade que tem acesso facilitado a processos civis e criminais. Por isso, defendo a permanência. Buscarei uma reunião como o presidente do TJMS, Joenildo Sousa Chaves, apelando para o bom senso do magistrado”, afirmou o deputado.

O posicionamento do peemedebista foi acompanhado pelo deputado Cabo Almi (PT). Durante as explicações pessoais, o petista apontou os prejuízos à população.

“Grande parte das pessoas atendidas nas Moreninhas é bastante carente. A mudança só trará comodidade ao Tribunal de Justiça. No entanto, causará desconforto para uma grande parcela da população. Muitos, certamente, deixarão de buscar seus direitos”, reclamou.