Osvane apela para sensibilidade do TJ em não fechar comarcas

Imagem: Para Osvane, decisão do CNJ de fechar as comarcas mostra que pirâmide da Justiça virou de ponta cabeça no Judiciário.
Para Osvane, decisão do CNJ de fechar as comarcas mostra que pirâmide da Justiça virou de ponta cabeça no Judiciário.
18/02/2014 - 13:49 Por: João Humberto    Foto: Giuliano Lopes

Preocupado com o possível fechamento das comarcas de Dois Irmãos do Buriti e Angélica, o deputado Osvane Ramos, vice-líder do Pros, ocupou a tribuna durante a sessão desta terça-feira (18/2) e pediu sensibilidade ao TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) para que isso não ocorra. É que o CNJ (Conselho Nacional de Justiça) recentemente suspendeu procedimento aberto pela OAB/MS (Ordem dos Advogados de MS) contra a desinstalação dessas comarcas.

Conforme Osvane, mediante essa decisão o TJMS pode fechar as duas comarcas. Por esse motivo, ele teme que isso aconteça.

“A decisão do CNJ de fechar as comarcas mostra que a pirâmide da Justiça virou de ponta cabeça, por isso peço que o TJ se sensibilize quanto à questão”, explicou Osvane, informando ainda que o fechamento dessas duas comarcas pode também fazer com que as unidades de Itaporã, Deodápolis, Rio Negro, Batayporã e Anastácio sejam fechadas.

O TJMS decidiu extinguir as duas comarcas no dia 10 de julho do ano passado, alegando que os serviços contabilizavam quantias inexpressivas, enquanto os custos de manutenção delas era maior que a receita gerada. Outro ponto defendido pelo Judiciário era de que Angélica e Dois Irmãos do Buriti se localizavam perto de comarcas mais movimentadas.

Com a decisão, a OAB/MS em parceria com a Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul) entraram com um pedido junto ao CNJ para impedir o fechamento. O Conselho, na ocasião, decidiu suspender a extinção até que o caso fosse analisado.

“Agora, o TJ prosseguirá com os estudos que estavam sendo feitos para a instalação de varas em locais onde há mais prioridade. O bem-estar da população está acima de qualquer corte econômico que o poder judiciário pretenda fazer”, reiterou o parlamentar.
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