Promotor discute com escolas medidas para reduzir a violência

Conhecido pela iniciativa de punir alunos indisciplinados, o promotor da Vara da Infância e da Juventude de Campo Grande, Sérgio Harfouche, discutiu com diretores das escolas medidas para reduzir os casos de violência nas escolas. Ele participou, nesta quinta-feira (5/6), na Assembleia Legislativa, de uma reunião com diretores das escolas da Rede Estadual de Ensino. Amanhã, o debate prossegue, mas com os responsáveis pelas escolas da Rede Municipal.

Sérgio Harfouche quer uma adequação nos regimentos das escolas e das redes de ensino para permitir, com aval dos pais, a punição dos alunos indisciplinados por meio do Procev (Projeto Contra a Evasão e Violência Escolar), da Promotoria. “Estamos realizando o projeto para resolver os conflitos escolares”, afirmou.

Para a secretária adjunta de Estado de Educação, Cheila Vendrami, a solução contra a violência passa pelo envolvimento de toda a sociedade. “Temos que fazer um trabalho conjunto envolvendo a Secretaria de Educação, as escolas privadas, a Polícia Militar e a população. Precisamos de todos juntos pela educação”, disse. As escolas ainda sofrem com pichações, bullying e brigas.

Ela ponderou ainda que antes de qualquer alteração no regimento interno das escolas é preciso tomar conhecimento do teor da Lei da Palmada, que prevê punição para agressões a crianças. A preocupação dela é de não entrar em conflito com a legislação federal. O PLC (Projeto de Lei da Câmara) 58/2014 foi aprovado pelo Senado na noite de quarta-feira (4), em votação simbólica, e aguarda a sanção presidencial.

O diretor Hunter Vilalba Pinto, da Escola Estadual Professora Zélia Quevedo Chaves (localizada no Parque Residencial Iracy Coelho Netto, em Campo Grande), apoia a iniciativa de Harfouche, mas conta que nem todos os diretores aprovam a punição dos alunos infratores. “Lá na região sul temos vários problemas de indisciplina. Tem uma diretora que foi ameaçada por tirar alunos armados de dentro da sala. São problemas sérios que precisam ser solucionados”.