Corrêa denuncia restrições impostas pela Argentina no uso de Hidrovia

Imagem: De acordo com Paulo Corrêa, isso tem gerado sete dias de atraso no transporte de cargas.
De acordo com Paulo Corrêa, isso tem gerado sete dias de atraso no transporte de cargas.
12/08/2014 - 11:11 Por: Heloíse Gimenes    Foto: Giuliano Lopes

O transporte de minério de ferro é responsável por 90% do movimento da Hidrovia Paraguai-Paraná. Mas usar o corredor hidroviário já não tem reduzido os custos e agilizado as entregas. Desde o ano passado, restrições estão sendo impostas pela Argentina à navegação de empresas brasileiras. Na sessão desta terça-feira (12/8), o deputado Paulo Corrêa (PR) usou a tribuna para pedir providências por parte do Itamaraty.

“As primeiras medidas foram tomadas de forma unilateral pela Argentina em nomebro de 2013, versando sobre o tamanho dos comboios, obrigando a passar de 16 para 12 barcaças, gerando custos adicionais às empresas”, informou. Ainda segundo o parlamentar, a alegação das autoridades argentinas é de que não havia segurança para a navegação de comboios com as dimensões anteriores, fato este que contraria os registros náuticos.

Outras exigências foram impostas, entre elas a apresentação antecipada de toda a documentação de bordo antes de entrar em águas argentinas, obrigatoriedade da presença de um oficial da Prefeitura Nacional Argentina a bordo, inspeção técnica dos comboios, fechamento do amarradouro de barcaças de La Paloma, restrições ao fornecimento de bunker aos rebocadores e exigência de zero lixo a bordo.

“Isto tem gerado sete dias de atraso no transporte de cargas. As empresas gritam por socorro e o Itamaraty precisa tomar providências, exigindo o cumprimento dos princípios que nortearam a formação do Acordo de Transporte Fluvial pela Hidrovia, entre Argentina, Bolívia, Brasil, Paraguai e Uruguai. Da forma que está a hidrovia deixa de ser de integração e passa a ser um ponto de pedágio e propina”, afirmou Paulo Corrêa.
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