Hidrômetros são trocados e taxa de água aumenta; Orro contesta

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Deputado estranhou fato de ocorrer aumento justamente em residências onde houve troca de hidrômetros
03/02/2015 - 11:36 Por: João Prestes    Foto: Roberto Higa

O deputado estadual Felipe Orro (PDT) estranhou o fato de ocorrer aumento do consumo de água naquelas residências em que foram trocados recentemente os hidrômetros. “Não sei o que está acontecendo. Não é possível que todos os hidrômetros antigos estivessem com defeito. Porque estão instalando uns hidrômetros que parecem ventiladores, o consumo aumenta demais, em alguns casos até dobra”, questionou o parlamentar, em pronunciamento da tribuna da Assembleia durante a sessão desta terça-feira (3/2).

Felipe Orro disse que vai apresentar requerimento pedindo que a Águas detalhe o histórico de consumo das residências antes e depois da troca de hidrômetros. E não descarta pedir que os órgãos competentes testem o novo aparelho para saber se o consumo registrado de fato corresponde com o que é gasto.

“Essa Casa precisa estar atenta. Temos que cuidar das pessoas, pelo bem estar das pessoas, sobretudo os mais carentes. Não temos que nos preocupar com as empresas, principalmente a Águas Guariroba que tem registrado faturamento bilionário”.

Taxa mínima - O deputado também questionou a prática da cobrança da taxa mínima de 10 metros cúbicos, por parte tanto da Águas Guariroba quanto da Sanesul (que explora os serviços de água e esgoto nos demais municípios de Mato Grosso do Sul).

“As pessoas estão economizando, porque estão conscientes que precisam gastar menos. Mas de nada adianta. Se gasta 1, 2 metros cúbicos, e muita gente gasta pouca água porque mora sozinha, família pequena. Não adianta porque tem que pagar 10 metros cúbicos. E em cima desse consumo que não existiu, paga mais 70% para tratar o esgoto que não produziu. Então isso é abusivo, precisamos lutar para acabar com essa taxa mínima”.

Em aparte, o deputado Barbosinha (PSB) frisou que há uma lei autorizando as concessionárias a cobrar uma taxa mínima, embora não estabeleça qual seria esse patamar. Felipe Orro agradeceu a colaboração do colega e salientou que, mesmo a cobrança sendo amparada em lei, “muito antiga”, isso pode e deve ser alterado porque está lesando a economia popular. “As pessoas mais carentes é que estão bancando esse lucro exorbitante, obtido em cima de um consumo irreal. Isso não pode continuar”.

Energia - Na mesma linha, Felipe Orro lembrou que a Energisa (empresa que adquiriu a Enersul) já pede um reajuste de 40% na tarifa de energia elétrica para vigorar a partir de abril. “Claro que não vão conseguir isso, mas pedem 40 pra ganhar 20, e com isso tentam nos ludibriar, pensar que saímos lucrando porque a luz podia subir muito mais. Ora, se todos os índices de inflação apontam para índices de 5%, 6%, então nós temos que avisar essa empresa que aceitamos, no máximo, 6% de reajuste. Nada mais”.
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