Marquinhos critica paralisação das obras do Aquário do Pantanal

Imagem: Segundo ele, trabalhos devem continuar independentemente da fiscalização
Segundo ele, trabalhos devem continuar independentemente da fiscalização
03/02/2015 - 13:00 Por: João Humberto    Foto: Roberto Higa

A paralisação das obras do Aquário do Pantanal por um período de três meses para que seja realizada uma auditoria quanto à verba já investida e o montante que ainda será injetado levou o deputado estadual Marquinhos Trad (PMDB) a ocupar a tribuna na sessão ordinária desta terça-feira (3/2). Segundo ele, independentemente da fiscalização, os trabalhos devem continuar, afinal, a população espera por isso.

Marquinhos disse que as licitações para a execução das obras foram feitas de maneira correta, inclusive sendo fiscalizadas pelos deputados. “Agora tudo vai ficar parado por 90 dias. Está certo ou errado? Porque não continuar as obras e entregá-las à população?”, questionou.

O deputado Paulo Corrêa (PR) se manifestou a respeito do assunto e em aparte ressaltou que as obras do governo anterior podem sim ser questionadas e enfatizou que para a conclusão do aquário o que está faltando, no momento, é dinheiro. “Como é que toca uma obra sem dinheiro? Em janeiro deste ano o Estado teve uma arrecadação 8% inferior ao mesmo período do ano passado. Com isso, abre-se um rombo no caixa e começa a se estudar a folha de pagamento”, frisou o republicano, lembrando que a previsão inicial para a construção do Aquário do Pantanal era de R$ 85 milhões e agora esse valor já passa dos R$ 240 milhões.

Trad informou que apoia e continuará apoiando o conteúdo programático estipulado pelo governador Reinaldo Azambuja (PMDB), mas considera prejudicial a paralisação das obras do aquário. No ano passado, de acordo com o parlamentar, os deputados estaduais aprovaram um acréscimo de R$ 30 milhões decorrentes do Fundo de Compensação Ambiental para o término da construção. Ele, no entanto, foi o único a votar contra. Em sua opinião, a demora na conclusão da obra é um fator que colabora para seu encarecimento.

Cartão postal - Líder do governo na Casa de Leis, o deputado Professor Rinaldo (PSDB) explicou que, embasado nas notícias que tem lido, está perplexo. “Quero saber mais detalhes como, por exemplo, quando termina, afinal de contas, será o cartão postal de Mato Grosso do Sul”.

Em seu aparte, Rinaldo lembrou obras emblemáticas iniciadas pelo Poder Executivo em outros tempos e que hoje são “elefantes brancos” como a construção do que seria a nova rodoviária de Campo Grande na região do bairro Cabreúva, o Mercado do Produtor na Vila Almeida, entre outras. Para ele, isso não pode acontecer com o Aquário do Pantanal.

O 1º secretário, deputado Zé Teixeira (DEM), falou que a paralisação das obras do Aquário do Pantanal vai acarretar em um prejuízo muito grande, mas a continuidade da empresa à frente dos trabalhos é um fator mais prejudicial ainda. “Isso vai afetar e muito o bolso do consumidor”, avalia.

Marquinhos Trad disse que houve um período de transição de três meses entre os governos de André Puccinelli e Reinaldo Azambuja e que essa situação já tinha que ter sido definida. “Essa paralisação é nociva para Mato Grosso do Sul. É preciso entender que os nomes das pessoas passam, mas o Estado fica”, finalizou o deputado, lembrando uma proposta de sua autoria de que independentemente da troca de governo, as obras não poderiam ser paralisadas.
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