Mulheres ribeirinhas terão assistência do Tribunal de Justiça em MS

Imagem: Informação foi dada pelo desembargador Ruy Celso Florence durante sessão solene realizada hoje na AL
Informação foi dada pelo desembargador Ruy Celso Florence durante sessão solene realizada hoje na AL
10/03/2015 - 12:51 Por: Karine Cortez    Foto: Roberto Higa

O coordenador do setor da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do TJMS (Tribunal de Justiça do Mato Grosso do Sul), desembargador Ruy Celso Florence, anunciou hoje (10/3), durante sessão alusiva ao Dia da Mulher na Assembleia Legislativa, que a União, por meio da Secretaria de Políticas para a Mulher, liberou parte dos R$ 1,8 milhão para a execução do projeto denominado "Justiça sobre as Águas". A proposta prevê aquisição de uma embarcação totalmente equipada que dará assistência jurídica, psicológica e social às mulheres que residem às margens dos rios Paraguai e Taquari.

De acordo com Ruy Celso, até o fim do semestre o serviço já deve estar disponível para as comunidades femininas ribeirinhas. “Mulheres que vivem às margens do rio Paraguai não sabem a vida que existe além do mundo em que elas vivem. Muitas sequer possuem carteira de identidade, outras sofrem violência e acham que faz parte da vida delas. Essa realidade e o que mais houver de demanda vamos tentar solucionar. Precisamos oferecer dignidade para essas mulheres”, ressaltou.

O desembargador citou ainda a construção de duas mini-casas da Mulher Brasileira nas cidades de Corumbá e Ponta Porã. “São regiões fronteiriças que envolvem prostituição e outras demandas. Essas cidades necessitam do serviço de atendimento especializado”, explicou Ruy Celso. Ele classificou ainda como “epidemia” o momento vivido pelo Estado com relação à violência contra a mulher.

Alternativas - Educação familiar, conscientização da importância da denúncia, bem como a valorização do afeto entre as pessoas seriam alternativas para diminuir o índice de violência contra a mulher. “São 11 mil processos tramitando nas duas varas especializadas no atendimento à mulher em Campo Grande. Isso é um número altíssimo e representa 60% da soma das outras nove varas criminais existentes na Capital”, salientou.

A criação da 1ª Vara de Medidas Protetivas do País, instalada na Casa da Mulher Brasileira de Mato Grosso do Sul, já é uma das medidas com intuito de agilizar o atendimento às mulheres. “Pela lei a medida protetiva para a mulher deve ser dada num prazo mínimo de 48 horas, mas com a Vara na Casa da Mulher esse tempo será reduzido para minutos”, explicou o desembargador Ruy Celso.
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