Aprovação de projeto da terceirização gera discussão na ALMS
Para João Grandão, o projeto é cruel e precariza serviços, enquanto para Zé Teixeira, pode ampliar empregos
09/04/2015 - 11:18
Por: Fernanda Kintschner
Foto: Wagner Guimarães
O deputado João Grandão, vice-líder do PT, afirmou que se aprovada, a nova lei vai precarizar os serviços. “Fui por muito tempo presidente de sindicato, via de perto como funcionários terceirizados sofrem. Esse projeto é cruel. Ele tira o poder de representação também dos sindicatos e fere a CLT [Consolidação das Leis do Trabalho]”, disse.
Pedro Kemp, líder PT na Assembleia Legislativa, e Amarildo Cruz, também do mesmo partido, acreditam que a aprovação foi um retrocesso à sociedade. Os deputados Barbosinha (PSB) e Paulo Corrêa (PR) ressaltaram que ao menos uma regulamentação sobre os serviços de terceirização deve ocorrer e que seja por força da lei.
A favor do projeto, o deputado Zé Teixeira (DEM) disse que a terceirização vai ampliar os empregos. “Na área rural tem que levantar cedo para plantar e colher. Essa limitação de horas de trabalho que existe hoje prejudica determinados setores. O Brasil poderia ser igual aos Estados Unidos, em que se paga por hora, o funcionário que escolhe o quanto irá trabalhar. Então com a terceirização vai favorecer o setor produtivo, foi um avanço para o país”, ressaltou.
A proposta prevê a contratação de serviços terceirizados para qualquer atividade e não estabelece limites ao tipo de serviço que pode ser alvo de terceirização. Além disso, prevê a forma de contratação tanto para empresas privadas como públicas e impõe à empresa que contrata os serviços a responsabilidade de fiscalizar o cumprimento das obrigações trabalhistas decorrentes do contrato.
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Crédito obrigatório para as fotografias, no formato Nome do fotógrafo/ALEMS.
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