Situação financeira da Santa Casa gera debate na Assembleia Legislativa

Imagem: O diretor-presidente da Santa Casa detalhou situação do hospital e se reunirá amanhã com a Comissão de Saúde
O diretor-presidente da Santa Casa detalhou situação do hospital e se reunirá amanhã com a Comissão de Saúde
06/05/2015 - 12:48 Por: Karine Cortez    Foto: Roberto Higa

O diretor-presidente da Santa Casa, Wilson Teslenco, esteve na sessão desta quarta-feira (6/5) e usou a tribuna para expor a situação financeira do hospital. Segundo ele, o montante a receber hoje da prefeitura de Campo Grande já chega a R$ 20 milhões entre débitos que envolvem serviços prestados e tributos não pagos. “O município, Estado e União devem chamar para si a responsabilidade de cada um em manter o funcionamento desse hospital”, disse.

Desde a última terça-feira a Santa Casa suspendeu o atendimento ambulatorial de média complexidade, o que deve afetar quase cinco mil usuários que buscam esse tipo de assistência mensalmente. A paralisação no atendimento ocorreu em virtude do impasse entre governo do Estado e prefeitura de Campo Grande, com relação ao vencimento do contrato de prestação de serviços entre o município e a unidade hospitalar para o atendimento aos usuários do SUS (Sistema Único de Saúde). As negociações se estendem desde outubro de 2013 sem acordo até o momento.

A maioria dos deputados concorda sobre a necessidade de um entendimento imediato levando em conta a complexidade da situação. “O que não pode é um desentendimento entre as partes parar o serviço de saúde. Trata-se de um direito e uma prioridade do cidadão”, salientou o deputado estadual Felipe Orro (PDT), 3º secretário da ALMS.

Já o deputado estadual Pedro Kemp, líder do PT, lembrou que a suspensão dos atendimentos na Santa Casa também prejudicará pacientes do interior que buscam atendimento especializado na Capital. “As cidades do interior não oferecem determinados procedimentos e os moradores se reportam à Capital, isso é fato”, salientou. Já o diretor-presidente da Santa Casa ressaltou que “não se pode adiar a saúde, pois os danos que ela pode causar são irreversíveis como a morte e sequelas definitivas”.

Reunião - A presidente da Comissão de Saúde da Casa de Leis, deputada estadual Mara Caseiro (PTdoB), agendou para amanhã (7/5), às 11h30, uma reunião com representantes da Santa Casa e dos conselhos de saúde, além de os secretários de saúde municipal e estadual. “Vamos nos reunir para que todos apresentem de que forma poderão contribuir para sanar esse impasse que só prejudica a saúde de nossa população”, frisou Mara.
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