Solicitada apuração sobre abuso no preço do combustível em Dourados

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Deputado chamou atenção para preços abusivos do combustível em Dourados e quer averiguar existência de suposto cartel
03/06/2015 - 12:15 Por: Talitha Moya    Foto: Comunicação - ALMS

O deputado estadual Barbosinha (PSB), durante sessão plenária desta quarta-feira (3/6), chamou atenção para o abuso no preço dos combustíveis praticado em Dourados e pediu ao Estado para apurar a existência de uma suposta formação de cartel na revenda.

A grande variação de preços dos combustíveis em comparação com estados de São Paulo e Paraná, ressalta Barbosinha, revela um encarecimento de até 30% nos valores praticados pelos postos de Dourados. “Existe o chamado livre comércio, não somos a favor do congelamento de preços, porém da forma que está sendo repassado, é um absurdo”, afirmou.

O diesel nos postos de Dourados varia, conforme levantamento feito pelo próprio parlamentar, entre R$ 3,09 e R$ 3,22. Em São Paulo, o preço mais caro é de R$ 2,60 e em Campo Grande é de R$ 2,99.

Segundo o deputado, nem mesmo o plano de redução do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) de 17% para 12% sobre o diesel anunciado pelo governo estadual traria uma solução para tornar o abastecimento em Dourados mais competitivo. “É importante reduzir, mas o preço não mudaria nada porque ele chega a ser 30% mais caro. Muito mais importante é saber quem está se beneficiando com esse abuso, quem está enriquecendo as custas do consumidor”, enfatizou.

O repasse do frete no valor do combustível não justifica a diferença, diz o parlamentar, já que muitos sul-mato-grossenses atravessam a divisa para encarar filas nos postos de São Paulo devido aos preços mais em conta.

Em relação à gasolina, o deputado constatou que o menor preço encontrado nos postos de Dourados foi de R$ 3,49. O maior valor ficou em torno de R$ 3,63, bem acima dos preços de São Paulo e Campo Grande que são de R$ 2,75 e R$ 2,99, respectivamente.

“A Assembleia Legislativa não está dormindo e nós vamos averiguar o que de errado está ocorrendo”, frisou Barbosinha, que pretende promover uma audiência pública para ouvir distribuidores e proprietários de postos. “Só assim poderemos formar um juízo na questão do combustível de Dourados”, mencionou.
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