João Grandão comemora cotas raciais em concursos da magistratura

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A nova regra agradou o deputado estadual João Grandão, que comemorou a conquista na tribuna da sessão de hoje
10/06/2015 - 12:26 Por: Talitha Moya    Foto: Comunicação - ALMS

O Conselho Nacional de Justiça aprovou nessa terça-feira (9/6) a criação de cotas de 20% para negros e pardos autodeclarados em concursos do Judiciário. A nova regra agradou o deputado estadual João Grandão, vice-líder do PT, que comemorou a conquista na tribuna durante a sessão plenária desta quarta-feira (10).

De acordo com o parlamentar, a disponibilização das vagas representa um avanço na luta contra a desigualdade racial. “É muito importante essa decisão, haja vista que o percentual de magistrados negros é infinitamente menor que o de magistrados brancos, amarelos e assim por diante”, ressaltou Grandão, referindo-se ao Censo do Judiciário que ‘desenha’ o juiz brasileiro como sendo um homem branco, heterossexual, 45 anos, casado e com filhos.

O estudo encomendado pelo Conselho Nacional de Justiça concluiu que a magistratura é uma carreira homogênea, predominantemente branca. Dos 17 mil juízes em atividade hoje no Brasil, só 36% são mulheres e 14% se declaram pardos, 1,4% se dizem negros e 0,1% se reconhecem como indígenas.

O parlamentar avalia que a política afirmativa corrige uma distorção em função das oportunidades oferecidas de forma diferente para os negros. Ao garantir o acesso do povo negro à magistratura, o Judiciário pretende entrar para o nível dos 'parâmetros de inclusão', que visa o índice de 22,5% de negros em seus quadros. “Essas ações afirmativas são muito importantes no sentido de democratizar as oportunidades”, ressaltou.
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