Jovem pede apoio dos deputados para divulgar projeto científico

Autor de um projeto científico premiado que irá beneficiar pequenos produtores, o jovem Pedro Otávio Liberato, de 17 anos, estudante do IFMS (Instituto Federal de Mato Grosso do Sul), pediu apoio aos parlamentares para expandir a divulgação da iniciativa.

O estudante de Tecnologia em Informática pretende apresentar o projeto Agri-Weather – Soluções Meteorológicas para o Agronegócio no maior fórum internacional de ciências do mundo, que acontece a partir do próximo dia 22 em Londres. O jovem está entre os 400 estudantes selecionados de diversos países para participar do evento.

Nesta quarta-feira (17/6), Pedro usou a tribuna da sessão plenária para pedir apoio dos parlamentares para divulgar o projeto no fórum internacional. "É uma oportunidade de conhecermos os maiores cientistas do Reino Unido e trabalharmos nos laboratórios deles por uma semana. Será uma experiência muito rica tanto profissional quanto pessoal", arrematou.

Junto com outros dois colegas, Pedro é responsável por desenvolver um projeto que pretende ajudar pequenos produtores. O Agri-Weather é um sistema meteorológico que conta com uma estação com 7 sensores que captam dados como velocidade do vento, pressão atmosférica entre outros. As informações são enviadas para um aplicativo que ficará disponibilizado para os produtores. “Dessa maneira, o produtor vai conseguir saber se tal região é favorável para a plantação do milho, por exemplo”, explicou Pedro.

O sistema nasceu, segundo o estudante, devido à percepção da falta de tecnologias que se adequem às condições dos produtores. De acordo com Pedro, o custo da Agri-Weather é 95% mais barato do que os sistemas usados atualmente. Enquanto equipamentos usuais custam até R$ 20 mil, a tecnologia desenvolvida pelos estudantes é avaliada em R$ 300. “Pretendemos baixar ainda mais esse custo”, enfatizou.

O experimento, que já foi premiado pela Sociedade Americana de Meteorologia, deverá ser testado inicialmente em 10 cidades de Mato Grosso do Sul. “Esse reconhecimento vem estimular nosso trabalho a continuar com nossas pesquisas”, afirmou o professor do IFMS, Jiyan Yari.