Cientista político destaca tendência mobile para o marketing político
Rodrigo Mendes, subsecretário de Comunicação do governo de MS, contexto atual resultou na criação de novos nichos da comunicação política
26/06/2015 - 11:22
Por: Talitha Moya
Foto: Roberto Higa
De acordo com Rodrigo Mendes, atual subsecretário de Comunicação do governo do Estado e pós-graduado em Marketing, o contexto atual resultou na criação de novos nichos de comunicação política. “A TV, mesmo atingindo um grande número de pessoas, está perdendo o papel como principal meio de comunicação porque ela não permite diálogo ao contrário da internet”, afirmou.
O subsecretário definiu o recurso mobile como a nova televisão. Segundo Rodrigo, a realidade de navegar pela internet por meio de smartphones e tablets impõe o desafio para os planos de comunicação e marketing que é migrar sites, produtos e serviços para o mobile. “As novas tecnologias vêm alterando profundamente o relacionamento das pessoas e, consequentemente, a comunicação não é a mesma de dez anos atrás”, destacou.
Diante do universo do marketing digital, Rodrigo ressaltou que é importante buscar ferramentas que garantam interação e diálogo permanente com o eleitor. “Quanto mais participativo, mais chance o mandato tem de dar certo. É preciso manter um canal de relacionamento ativo”, explicou.
Cerca de 400 vereadores acompanharam a palestra. Para Antonio Jorge dos Santos, vereador no município de Eldorado, as informações repassadas por Rodrigo Mendes são relevantes no sentido de focar no novo cenário da comunicação política. “É preciso manter uma proximidade maior com o eleitor e transmitir a mensagem de forma planejada e eficiente”, constatou.
Reforma Política - Ao fim da manhã, os vereadores assistiram a palestra sobre Reforma Política, proferida pelo advogado Orlando Moisés Fischer Pessuti, de Curitiba (PR). Representando a Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político, ele abordou as principais regras discutidas na Câmara Federal. O palestrante falou sobre o fim da reeleição presidencial, o aumento do tempo de mandato para cinco anos e salientou questões relacionadas ao atual sistema proporcional no processo eleitoral.
Sobre a aprovação do financiamento privado de campanhas, o advogado destacou que o problema está nos valores doados e na possibilidade de a empresa doar para mais de um candidato. “É importante o financiamento privado para a campanha, mas a doação deveria ser pessoal e intransferível com limites razoáveis e com total publicidade”, argumentou Orlando, que não vê qualquer possibilidade das novas regras da Reforma Política serem aprovadas até as próximas eleições.
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Crédito obrigatório para as fotografias, no formato Nome do fotógrafo/ALEMS.
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