Mães da Fronteira recorre ao Legislativo para bloquear "porta do crime"
Fundadora da Associação Mães da Fronteira pediu apoio para ações de segurança
30/06/2015 - 12:58
Por: Talitha Moya
Foto: Wagner Guimarães
“Hoje estamos vulneráveis a sermos vítimas de qualquer tipo de crime em razão de o Mato Grosso do Sul fazer fronteira com a Bolívia e o Paraguai”, ressaltou Lilian. Em 2012, a Associação Mães da Fronteira foi criada por Lilian junto de Ângela Fernandes depois que elas tiveram os filhos Breno Luigi Silvestrini de Araújo, de 18 anos, e Leonardo Batista Fernandes, 19 anos, brutalmente assassinados por um grupo que roubava veículos para levar até a fronteira em troca de drogas.
Segundo Lilian, crimes como o que levou Breno e Leonardo são estimulados e facilitados pela insegurança na fronteira. “Nossas cidades fronteiriças não oferecem aos cidadãos as condições mínimas para viver obrigando jovens a buscarem alternativas ilegais e os traficantes, por sua vez, vão se apossando das cidades e desses menores para disseminar o crime”, afirmou.
O Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras) foi enfatizado por Lilian como uma das saídas para bloquear a entrada das drogas no Estado. No entanto, ela lamentou o possível corte de verbas que poderá prejudicar o andamento do projeto. “Peço o apoio dos deputados em nome do meu filho que foi ceifado aos 18 anos por culpa do tráfico internacional”, lamentou. “Somos todos iguais e a fronteira a qual estamos submetidos hoje não é a geográfica. É a fronteira da decência, pela vida, pelo respeito. Esse é um assunto que transpassa qualquer questão partidária”, completou.
Permitida a reprodução do texto, desde que contenha a assinatura Agência ALEMS.
Crédito obrigatório para as fotografias, no formato Nome do fotógrafo/ALEMS.
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