Dia Nacional do Campo Limpo é lembrado no Parlamento

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18/08/2015 - 14:21 Por: Christiane Mesquita    Foto: Roberto Higa e Victor Chileno

O coordenador de Operações do inpEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias), Hamilton Rondon, veio à tribuna da Assembleia Legislativa falar do Dia Nacional do Campo Limpo, comemorado nesta terça-feira (18/08) em todo país. Esta data celebra os resultados da logística reversa de embalagens vazias de defensivos agrícolas no Brasil e reconhece os elos da cadeia do Sistema Campo Limpo, que engloba os agricultores, canais de revenda e cooperativas, indústrias, fabricantes e o Poder Público.

O Dia Nacional do Campo Limpo faz parte do Calendário Nacional desde 2008 e tem sido comemorado a partir de 2005. “Este dia visa mostrar à sociedade que o homem do campo, as cooperativas e os fabricantes, tem dado destino certo às embalagens de agrotóxicos, sendo 95% recicladas e 5% descartadas. Aqui em Mato Grosso do Sul, no primeiro semestre, já recolhemos 1.815 toneladas de embalagens, aproximadamente 90% retornam para as unidades de recebimento, que operam em grande escala nos maiores centros agrícolas: Campo Grande, Chapadão do Sul, Naviraí, Maracaju, Dourados, Rio Brilhante, São Gabriel do Oeste e Ponta Porã. Os pequenos centros agrícolas também recebem as unidades: Sidrolândia, Três Lagoas, Aral Moreira e outros”, destacou Hamilton Rondon.

A celebração é estendida às comunidades locais, por meio de ações comunitárias, concursos em escolas, palestras em universidades e encontros com autoridades locais, no intuito de levar à região do entorno das unidades de recebimento de embalagens vazias de defensivos agrícolas reflexão conscientização e participação em atividades relacionadas à conservação do meio ambiente.

Instituto - Segundo o site oficial do instituto, a criação do inpEV resultou de um longo processo de amadurecimento sobre a questão da responsabilidade socioambiental e a sustentabilidade da agricultura brasileira. Desde que os defensivos agrícolas passaram a ser utilizados em larga escala no país, nos anos 1960, um conjunto de leis buscou regulamentar sua aplicação, sem, no entanto, dispor sobre a destinação das embalagens pós-consumo.

Sem alternativas, o agricultor valia-se de prerrogativas como enterrá-las, queimá-las e até descartá-las em rios ou na própria lavoura, colocando em risco o meio ambiente. E também havia quem reutilizasse as embalagens para transportar água e alimentos, atentando, assim, contra a própria saúde.

No fim da década de 1980 essa situação fez com que os diversos envolvidos na cadeia agrícola buscassem soluções adequadas. O debate culminou com a instituição da Lei Federal 9.974, promulgada em junho de 2000 e regulamentada em 2002, que atribuiu aos usuários de defensivos agrícolas a responsabilidade de devolver as embalagens vazias aos comerciantes que, por sua vez, teriam de encaminhá-las aos fabricantes. No entanto, para que esse processo fosse viável, era preciso criar uma entidade que integrasse todos os elos da cadeia e gerenciasse o sistema. A resposta foi a criação do inpEV, fundado oficialmente em 14 de dezembro de 2001.

Hoje, o Brasil destaca-se como um dos maiores produtores mundiais de alimentos, fibras e bioenergia, o que, na visão do inpEV, evidencia a importância do setor agrícola e, nele, do sistema de destinação das embalagens de defensivos agrícolas pós-consumo. Fazer frente a esse cenário tem sido o principal desafio do inpEV.
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