Destino de recursos de arrecadação em prol dos Guarani-Kaiowá preocupa Mara

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Arrecadação de fundos em prol de indígenas preocupa deputada
17/09/2015 - 13:20 Por: Christiane Mesquita    Foto: Victor Chileno

A deputada estadual Mara Caseiro (PTdoB), terceira vice-presidente da Casa de Leis, abordou a questão indígena, na sessão ordinária desta quinta-feira (17/09), preocupada com o destino da arrecadação de fundos em apoio aos guarani-kaiowá, que está sendo feita pela entidade Coletivo Terra Vermelha, com o objetivo de comprar alimentos, lonas e cobertas.

“Sei que os indígenas precisam muito de ajuda e devem ter uma vida digna, mas o que me intriga é se realmente o dinheiro chegará a eles; lembro-me de quando os produtores rurais fizeram um leilão para arrecadação de recursos com o propósito de pagar advogados, pois foram impedidos de produzir em suas próprias terras, o montante arrecadado com o leilão foi bloqueado pelo Ministério Público Federal (MPF), sob a acusação de que eles estavam constituindo uma milícia para matar indígenas”, declarou Mara.

Mara Caseiro acredita que é necessário saber quem está por trás desta “vaquinha” online, que pretene alcançar o valor de R$ 5000 reais. “Fico intrigada, pois há Organizações Não Governamentais (Ongs) que não cumprem o seu papel em nosso país, quando entreguei os documentos para constituir a Comissão Parlamentar de Inquériro (CPI) para investigar o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), um deles trata dos recursos provenientes de Ongs Internacionais cuja finalidade é promover a qualidade de vida dos indígenas no Brasil, e isso não é o que acontece”, ressaltou.

Sobre as ocupações de terras no Estado, Mara afirmou que o Ministro da Justiça, José Cardozo veio ao Estado, e disse que não ia admitir qualquer ilegalidade. “Não é isso que está acontecendo, não entendo um Brasil que descumpre lei, além das fazendas que estavam ocupadas continuarem da mesma forma; houve mais uma ocupação em Iguatemi”, questionou.

A parlamentar declarou que enviará ofícios ao Ministério Público Estadual (MPE) e Ministério Público Federal (MPF), para que esse recurso seja fiscalizado e chegue, de fato, às comunidades necessitadas. “As pessoas não podem mais se utilizar dos indígenas em benefício próprio, que parem de chamar nosso produtor rural de bandido e se aproveitar da miséria desses povos em Mato Grosso do Sul”, alertou Mara.

 

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