Parlamentar critica criação de Conselho Nacional de Política Indigenista

Imagem: Mara Caseiro também demonstrou preocupação com recente publicação realizada pelo Conselho Indigenista Missionário
Mara Caseiro também demonstrou preocupação com recente publicação realizada pelo Conselho Indigenista Missionário
17/12/2015 - 14:45 Por: Christiane Mesquita    Foto: Roberto Higa

A deputada estadual Mara Caseiro (PMB) usou a tribuna da Casa de Leis, na sessão ordinária desta quinta-feira (17/12) ,para comentar o discurso da Presidente Dilma Rousseff (PT), na 1ª Conferência Nacional de Política Indigenista. “Assisti pela televisão e me interessei pelo assunto, procurei então ouvir o discurso da Presidente Dilma acreditando que ela falaria de uma solução para o conflito que assola tanto os indígenas que vivem em situação precária, quanto o produtor rural, detentor de títulos de suas terras e que trabalha nas condições climáticas existentes, muitas vezes perdendo sua lavoura”, relatou a parlamentar.

Em seu relato à tribuna, a parlamentar deixou clara sua decepção com o discurso presidencial. “Pensei que ela falaria de uma solução já apresentada aqui, por essa Casa, em relação ao repasse mensal feito pelo Estado à União para capitalizar o Fundo Estadual para aquisição de terras indígenas [Fepati], projeto também criado pelo Legislativo Estadual. E o que escutei me deixou preocupada: a presidente quer criar o Conselho Nacional de Política Indigenista. Fiquei sem entender, pois, se já existe a Fundação Nacional do Índio [Funai], o que é que esse Conselho irá fazer?”, questionou Mara.

A deputada também demonstrou preocupação com recente publicação realizada pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi). “Algumas pessoas do Cimi, não todas, parecem estar preocupadas em disseminar o ódio e a violência, pois em declaração do Conselho Indigenista foi afirmado que as terras indígenas de Mato Grosso do Sul, além de serem manchadas de sangue indígena, são de grileiros, posseiros, madeireiros e fazendeiros. Aqui não tem grileiros, posseiros ou madeireiros. Aqui tem produtores rurais com terras tituladas, adquiridas de boa fé, e que trabalham para colocar comida na mesa dos brasileiros”, registrou Mara.

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