Deputados estaduais analisam manifestações populares

Imagem: Barbosinha e Renato Câmara avaliaram os protestos ocorridos no último domingo
Barbosinha e Renato Câmara avaliaram os protestos ocorridos no último domingo
15/03/2016 - 12:38 Por: Heloíse Gimenes    Foto: Roberto Higa

As manifestações ocorridas no último domingo (13/3) revelam a crise política que o País vive e a revolta do povo brasileiro com a corrupção. Essa foi a avaliação dos deputados estaduais José Carlos Barbosinha (PSB), Renato Câmara (PMDB) e Mara caseiro (PSDB), que usaram a tribuna na sessão desta terça-feira para avaliarem os protestos.

Cerca de 100 mil pessoas foram às ruas em Campo Grande e 20 mil em Dourados, segundo os organizadores. “As intensas manifestações ocorridas nos 26 Estados da Federação e no Distrito Federal, com a participação de 6,5 milhões de pessoas, mostraram sentimentos de indignação contra o sistema político. Não há mais tolerância. A paciência encontrou limite e as pessoas não agüentam mais a corrupção. Estamos mergulhados pelo caos político. Será que este caos é o que tem provocado a crise econômica e vem corroendo as nossas instituições? A certeza é que a corrupção tem sido a causa latente da falta de saúde, educação e segurança pública”, disse Barbosinha.

Para Renato Câmara, os manifestantes demonstraram a insatisfação com todos os partidos políticos. O deputado também demonstrou a preocupação da possibilidade de o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ser presos com bases frágeis de acusação. “O reconhecimento a todo custo pode ultrapassar as leis que regem o nosso País. Não podemos ser encantados com o poder. O apoio incondicional ao juiz Sérgio Moro me causa preocupação”, revelou o parlamentar.

Mara Caseiro criticou o governo da presidenta Dilma Rousseff e, de acordo com a deputada, é o fato determinante da revolta da população. “As manifestações disseminaram o sentimento de transformação. Dilma é a mandatária do País e, na sua campanha eleitoral, disse que a economia estava controlada. Não houve mudança, pelo contrário, profissionalizaram a corrupção no País a ponto do povo perder a esperança. Não confiamos mais na líder da nação. A população grita por um basta”, destacou.

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