Deputados analisam rompimento do PMDB com Governo Federal
![Imagem: Saída do PMDB da base de apoio da presidente Dilma Rousseff foi oficializada ontem em Brasília](/upload/News/Old/45736/FabianaSilvestre30320161413.jpg)
Os deputados estaduais comentaram, durante a sessão plenária desta quarta-feira (30/3), a conjuntura política nacional e a saída do PMDB da base de apoio da presidente Dilma Rousseff, oficializada ontem em Brasília. Pedro Kemp (PT) lamentou o que considera "oportunismo" e disse que o ex-aliado do Governo Federal deveria ter ajudado o Brasil a sair da crise. "O partido fez o jogo do contrário, porque estava em sete ministérios, mas não contribuiu com o governo", disse.
Pela liderança do PMDB na Casa de Leis, Eduardo Rocha fez um resgate da história do partido e reiterou que o processo de impeachment em curso na Câmara Federal terá assegurado o amplo direito de defesa e que, se nada for comprovado, não haverá o impedimento do mandato de Dilma Rousseff. "O PMDB sozinho não tira a presidente, porque são necessários mais votos [no Congresso Nacional], então não entendo a preocupação do PT", disse. Segundo ele, a decisão de romper com o governo foi tomada pelo Diretório Nacional do PMDB por aclamação e deve ser respeitada em todas as esferas do Poder Público.
Mara Caseiro (PSDB) criticou as chamadas "pedaladas fiscais" - nome dado à prática do Tesouro Nacional de atrasar de forma proposital o repasse de dinheiro para bancos (públicos e também privados) e autarquias. "A grande mandatária do País deveria dar o exemplo, porque se ela pode, por que todos não podem?" , questionou a deputada, referindo-se a governadores que estão sendo investigados pela mesma prática. Segundo Cabo Almi (PT), as pedaladas estão sendo investigadas somente agora, com a presidente Dilma à frente do governo. "Estamos diante de uma política simplesmente contra o governo, mas quem sabe com a saída do PMDB isso possa ser revertido", analisou.
Beto Pereira (PSDB) lembrou o preceito constitucional de ampla defesa, assegurado pela Constituição Federal, que garantirá oportunidade para a presidente se explicar no Congresso Nacional. "E não se pode responsabilizar somente um partido, porque todo esse processo [de impeachment da presidente Dilma Rousseff] contou com a participação de vários partidos", disse. Pela liderança do PT na Assembleia Legislativa, o deputado Amarildo Cruz afirmou que o partido foi responsável por conquistas históricas a todos os brasileiros, especialmente na área social, e que o PMDB, até ontem, se colocava como parceiro. "Mas agora, acho até que é melhor que o PMDB tenha saído e que possamos recompor o governo e trabalhar pelo desenvolvimento do País", avaliou.
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