Servidores pedem apoio para solucionar impasse na recomposição salarial

Imagem: O 2º tenente Thiago Mônaco explicou que os servidores não aceitam o abono salarial
O 2º tenente Thiago Mônaco explicou que os servidores não aceitam o abono salarial
28/04/2016 - 11:30 Por: Heloíse Gimenes    Foto: Roberto Higa

O reajuste salarial dos servidores públicos voltou a ser debatido na tribuna da Assembleia Legislativa na manhã desta quinta-feira (28/4). Coordenador do Fórum dos Servidores do Estado, o 2º tenente Thiago Mônaco Marques manifestou a indignação do funcionalismo com a proposta oferecida pelo Poder Executivo de abono salarial no valor de R$ 200.

“O Fórum congrega 40 mil servidores, que consideram frustrante a proposta do governo. Queremos um reajuste justo e legítimo, conforme preconiza a Constituição Federal, ou seja, a reposição inflacionária. Poderia ser feita até uma contraproposta de parcelar, no entanto, o Executivo não discute o índice e nem o período da reposição. Desta forma, os servidores terão dois anos de reajuste zero”, explicou Mônaco.

Com os vencimentos defasados, os servidores podem recorrer às greves. “Amargamos um congelamento nos vencimentos e absorvemos uma avassaladora perda no poder de compra face aos altos índices inflacionários, ao pacote fiscal e ao aumento de luz, água, combustível e habitação. Pedimos o apoio dos deputados na interlocução da nossa luta salarial junto ao Governo do Estado. Se continuar o descaso com o funcionalismo, a partir do dia 2 de maio está prevista a deflagração de uma greve geral e um provável aquartalamento das forças de segurança”, disse.      

Na última semana, as diversas categorias têm sido chamadas separadamente para conversar com representantes do governo. O Fórum criticou o fato, pois estaria dividindo as classes de servidores. “Nessas reuniões, a situação financeira do Estado está sendo apresentada. Os números demonstram uma dificuldade, mas conflitam com os relatórios de execução fiscal publicados no Diário Oficial. A principal fonte de arrecadação de Mato Grosso do Sul provém do agronegócio, portanto, não enfrenta crise econômica, tanto que no ano passado fechou com o superávit de R$ 544 milhões”.     

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