Beto Pereira faz duras críticas a administração municipal de Campo Grande

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05/05/2015 - 14:20 Por: Eliane Nobre    Foto: Wagner Guimarães

O deputado estadual Beto Pereira (PDT) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa nesta terça-feira, 05/05, para falar sobre a crise que Campo Grande atravessa e criticou a administração do prefeito Gilmar Olarte, que está deixando de cumprir vários compromissos inclusive com os servidores públicos municipais. Beto lembrou também que desde o início da gestão, Olarte enfrenta problemas como corte de verbas federais por falta de planejamento, escândalos como o do tapa-buraco fantasma e o calote no setor da cultura.

O parlamentar disse que a situação é tão grave que os Secretários Municipais estão pedindo demissão por falta de estrutrura de trabalho. É o caso da Secretária de Educação, Angela Brito, que entregou o cargo na segunda-feira, 04/05, e da Presidente da Fundação de Cultura, Juliana Zorzo, que em meio ao embate com a classe artística, pediu para ser exonerada.

“O que existe é uma ingerência na prefeitura. A administração não está conseguindo cumprir com compromissos previstos em lei. É um problema de gestão. E o pior, o prefeito coloca a culpa da crise na queda dos repasses do ICMS”, disse Beto Pereira.
Quanto a questão do ICMS, o Deputado lembrou que Campo Grande não teve competência nem mesmo para contestar, no prazo de 30 dias, os índices de repasse do imposto divulgados pelo Governo do Estado. “Dos 79 municípios sul-mato-grossenses, 70 fizeram contestação. Campo Grande, a Capital do Estado, não foi eficiente e ágil nem mesmo para resguardar os direitos da cidade. Enquanto isso, amargamos essa crise”, afirmou.

Beto Pereira denunciou o grande número de servidores comissionados na atual gestão, que chega a 1.200 contratados. “O prefeito reclama da falta de recursos, mas mantém uma folha de pagamento inchada por cargos de confiança. O reflexo de toda essa situação é a falta de atendimento ao cidadão. Os serviços públicos não chega a quem realmente precisa. A saúde está um caos. Profissionais devem paralisar as atividades ainda essa semana. Além disso, o setor da educação também deve optar pela greve. E a população é quem será prejudicada com a falta dos serviços básicos”, concluiu.
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