Coronel David pede prioridade de moradias para mulheres vítimas de violência doméstica

O deputado estadual Coronel David (PSC) usou o plenário nesta quinta-feira (5) para pedir ao Poder Executivo Estadual que crie uma lei com o objetivo de inclusão de critérios que priorize as mulheres vítimas de violência doméstica no acesso a programas habitacionais empreendidos pelo governo do Estado de Mato Grosso do Sul. A atenção às mulheres agredidas é uma das bandeiras defendida pelo parlamentar, que tem 30 anos como policial militar, e que conhece a dificuldade que elas convivem e muitas vezes recorrem ao 190 como meio de auxílio.

O Coronel David ressaltou que, “o Estado de Mato Grosso do Sul apresenta a segunda maior taxa de registro de violência contra a mulher entre as unidades federativas do país em 2014, só ficando atrás do Distrito Federal. “É bom frisar que Mato Grosso do Sul teve o índice de 91,61 atendimentos para um grupo de 100 mil mulheres, estando elevadamente acima da média das taxas das demais unidades federativas, que correspondem à 57,90 atendimentos. Em 2014, houve uma cobertura de 83,33% dos municípios do Estado, tendo recebido ligações de 65 dos 78 municípios sul-mato-grossenses”.

Campo Grande é a capital brasileira com a maior taxa de registros na Caixa de Atendimento à Mulher (pelo 180), segundo o Balanço Anual de 2014. “No combate à violência contra a mulher, os números apresentados pela Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) de Campo Grande, apontam forte atuação na prisão de agressores, tanto que, no ano de 2014 foram efetivadas 518 prisões, representado 345% a mais que as 150 que ocorreram em 2011. Dessas 518, 84% delas, ou seja, 435 foram flagrantes”, explicou o parlamentar.

“Estas mulheres precisam deste apoio por parte do poder público, uma vez que, muitas vezes elas acabam morando com o agressor, por não ter para onde ir. E com esta ajuda, cria-se uma perspectiva de vida para elas”, fala o deputado estadual Coronel David e completa “nesse contexto, com a criação deste novo critério de prioridade a mulher vítima de violência não ficará exposta a novas agressões de toda natureza, pois, não dependerá de abrigo e poderá contar uma nova moradia, impedindo, que indivíduo se aproxime e até mesmo faça contato”.