Lei impede redução do Orçamento da Uems, mas Felipe mantém luta por autonomia
07/04/2014 - 10:49
Por: João Prestes
Foto: João Prestes
O projeto acrescenta o Artigo 3º à Lei 2.583, de 23 de dezembro de 2002, que disciplina o funcionamento da Uems, e tem a seguinte redação:
“Os valores repassados à UEMS, na forma do que dispõe o art. 3º desta Lei, assegurarão, no mínimo, o montante repassado no exercício anterior, atualizado com a reposição inflacionária do
período, apurada por meio de índice oficial, e acrescido de ganho real.”
Era essa mesma lei que garantia o repasse de um percentual do Orçamento do Estado à Universidade, mas que a partir de 2007 teve trechos revogados e o governo passou a estabelecer um valor para a instituição. Pela lei, a Uems já teria que estar recebendo 3% do orçamento, o que lhe garantiria um repasse de no mínimo o dobro do que tem direito atualmente.
Em 2013 o orçamento da Uems foi de R$ 113,96 milhões e em 2014 está cotado em R$ 178,12 milhões. Porém tanto no orçamento do ano passado quanto no deste ano, um valor expressivo está destinado para a construção da sede do curso de Medicina, em Campo Grande. Para a instituição custear suas despesas resta R$ 124 milhões, no orçamento deste ano, valor que seria insuficiente para fazer novos investimentos.
Felipe Orro assumiu a causa da Uems desde o início de seu mandato. Já em 2011, apresentou emenda ampliando em R$ 10 milhões o orçamento da instituição. Embora a emenda tenha sido encaminhada como sugestão ao governo, foi fundamental para melhorar os repasses naquele ano. Em 2012 Felipe Orro voltou a apresentar emenda para ampliar o Orçamento, dessa vez de R$ 20 milhões, e no ano passado conseguiu apoio para tramitar uma emenda à Constituição prevendo a autonomia da instituição. A emenda já foi aprovada na CCJR (Comissão de Constituição, Justiça e Redação Final) e aguarda pauta para ir a plenário.
As matérias no espaço destinado à Assessoria dos Parlamentares são de inteira responsabilidade dos gabinetes dos deputados.