Felipe Orro vê incoerência entre situação das ruas e valor pago para tapar buracos

"Nunca as ruas de Campo Grande tiveram tanto buracos, e ao mesmo tempo nunca se gastou tanto com a Operação Tapa-Buracos. São R$ 30 milhões por em dois meses, isso é incoerente”, disse o deputado estadual Felipe Orro (PDT), em pronunciamento da Tribuna da Assembleia Legislativa durante a sessão desta quarta-feira (3). O parlamentar cobrou uma explicação da Prefeitura e criticou a situação de abandono da cidade, “a mais rica do Estado, com um orçamento bilionário.”

O deputado baseou seu pronunciamento em notícias divulgadas pela imprensa que relatam a manobra de suplementação aprovada pela Câmara de Vereadores, retirando recursos de outras rubricas – inclusive para conclusão de obras importantes, como Ceinfs e antienchente – e destinando para a Operação Tapa-Buracos e também para a custear os serviços de coleta de lixo.

A Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação) terá o maior valor de cerca de R$ 41 milhões, exatamente para custear a coleta de lixo e a Tapa-Buracos.

“Nossas ruas estão esburacadas, dando ênfase à ocorrência de acidentes de trânsito. Enquanto isso se gasta milhões com tapa-buracos. Isso não está certo, essa Assembleia precisa cobrar explicações”, disse Felipe Orro.

Em aparte ao pronunciamento, o deputado estadual Onevan de Matos (PSDB) levantou suspeita sobre o destino desses recursos. “São sempre as mesmas empreiteiras as beneficiadas”, disse Onevan.