Se povo é favorável à mudança, Fernandes sugere Estado de Campo Grande

O deputado estadual Marcio Fernandes (PSDB), vice-líder do governo na Assembleia, defendeu a realização de plebiscito para consultar a população sobre a mudança do nome do Estado de Mato Grosso do Sul. Caso a população seja em sua maioria favorável à mudança então Marcio Fernandes sugere o nome de Estado de Campo Grande. Ou seja, para o parlamentar o importante no assunto é saber qual é o anseio popular.

O tema ganhou fôlego depois que a Fifa escolheu Cuiabá (MT), em detrimento de Campo Grande, para sediar jogos da Copa do Mundo de 2014. As cidades concorriam à escolha para a região do Pantanal.

O deputado exemplificou que Mato Grosso do Sul seria um caso similar ao de São Paulo e Rio de Janeiro em que coincidem os nomes das unidades federativas com o das capitais. Pantanal, outra possibilidade historicamente aventada, não seria o mais indicado, segundo Marcio Fernandes porque embora a maior parte (dois terços) da região pantaneira seja sul-mato-grossense, a planície pantaneira também é encontrada no Estado vizinho, Mato Grosso. A proposta de Campo Grande não geraria mais conflito com os mato-grossenses.

Nesta manhã, logo após a sessão ordinária, por requerimento do deputado Antônio Carlos Arroyo (PR) e assinado por outros 15 deputados, inclusive Marcio Fernandes, um grupo parlamentar se reuniu na presidência da Assembleia para discutir o assunto. Ficou decidido que será formada uma Frente Parlamentar para encaminhar a discussão.

O próximo encontro do grupo será às 11h30 do dia 16 de junho. Ficou decidido ainda que na ocasião cada deputado interessado na discussão sobre a mudança do nome poderá levar pareceres, relatórios, levantamentos e argumentos pró ou contra a mudança. Foi quase unânime que a mudança deverá passar pelo crivo do povo, provavelmente pela realização de um plebiscito.

A Assembleia somente tomaria providência caso o plebiscito indicasse o desejo da população pela mudança.

O presidente da Assembleia, Jerson Domingos (PMDB), defendeu a discussão, porém, posicionou-se contra a mudança do nome. Segundo ele, o movimento agora, depois da exclusão de Campo Grande da Copa do Mundo, poderá motivar ironia por parte dos mato-grossenses.