Câmara de Dourados cria CPI municipal para dar suporte à Picarelli

22/02/2005 - 19:17 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<P align=left><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>As mortes de indígenas por desnutrição em Dourados, ocorridas nos últimos dias, fizeram com que a Câmara Municipal da cidade, através do vereador Eduardo Marcondes (PMDB), propusesse na sessão dessa segunda-feira a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) municipal para investigar a fundo a situação da desnutrição nas aldeias da região sul. A proposta vem de encontro à CPI proposta na Assembléia Legislativa pelo deputado Maurício Picarelli (sem partido). </FONT></P><P align=left><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>Segundo Marcondes, a proposta foi apresentada em conjunto com o líder do prefeito Laerte Tetila (PT) na Câmara, vereador Carlinhos Cantor (PL). O peemedebista afirma que "a CPI municipal vai fornecer subsídios para o deputado Picarelli agilizar a CPI estadual."</FONT></P><P align=left><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>O vereador petista Elias Ishy comunicou que os 12 vereadores de Dourados assinaram o pedido de CPI e que a presidente da Casa, vereadora Margarida Gaigher (PT), vai montar a Comissão a partir da próxima semana. "Depois disso a CPI já vai começar a trabalhar. Essas mortes por desnutrição precisam ser investigadas", complementa Ishy.</FONT></P><P align=left><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>O deputado Picarelli esclarece que a participação dos vereadores de Dourados na CPI é muito importante, até mesmo para acelerar o parecer técnico da Comissão da Assembléia. Assinaram o documento propondo a CPI municipal os vereadores: Humberto Teixeira Junior e Sidlei Alves, do PFL; Zé Silvestre, Tenente Pedro, Elias Ishy e Margarida Gaigher, do PT; Cemar Arnal, do PV; além de Carlinhos Cantor e Eduardo Marcondes. </FONT></P><B><P align=left><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>Morte</FONT></B><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2> – A morte da índia Kelly Fernandes Arévalo, de apenas sete meses, ocorrida no sábado passado, preocupa o deputado Picarelli que vê necessidade da agilização na condução da CPI. Kelly era filha de Tibúrcio Fernandes Arévalo, líder indígena da Aldeia Bororó. Ele afirma que é a segunda vez que perde um filho por causa da desnutrição. </FONT></P><P align=left><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>No ano passado, segundo o Conselho Distrital de Saúde Indígena, 133 crianças de até cinco anos de idade morreram nas aldeias do Estado. Do total, 20 apresentavam grave quadro de diarréia, 46 sofriam de pneumonia e 63 morreram por razões indefinidas. Atualmente 11 mil índios moram espremidos em 3,5 mil hectares de terra em Dourados. </FONT></P><P align=left><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>O parlamentar salienta ainda que recebeu denúncias alegando que muitos índios estão sendo intimidados a não falarem nada. "A CPI vai querer saber porque estes índios estão sendo intimidados. Outro fator que necessita de investigação é a falta de caráter de alguns comerciantes que se comprometem em trocar pinga por comida. Isso está errado", explica o parlamentar. </FONT></P><P align=left><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>"As terras, além de serem poucas, são terras produtivas e que deveriam contar com incentivos para que os índios plantassem. Esses incentivos auxiliariam os índios a ocuparem seu tempo trabalhando. Toda a sociedade sul-mato-grossense deve se mobilizar e ajudar no esclarecimento dos fatos, fazendo com que a Assembléia, na figura do presidente Londres Machado (PL), dê início a CPI e movimente as autoridades sem medo", finaliza.</FONT></P>
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