Capitães dizem que prefeitura de Dourados é relapsa com índios e contestam relatório

07/04/2005 - 22:51 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<P align=left><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>Relatório enviado pela prefeitura de Dourados à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da desnutrição e mortalidade infantil indígena foi contestado por capitães das aldeias Jaguapiru e Bororó em audiência realizada nesta quinta-feira (7) no Plenarinho da Assembléia Legislativa. No relatório, o prefeito douradense Laerte Tetila (PT) destacou a criação de um aviário para o armazenamento de frangos destinados ao sustento dos indígenas das aldeias situadas próximas à cidade e também revelou ter projetado a criação de diversos tanques abastecidos de alevinos para sustentar famílias indígenas que ali moram. </FONT></P><P align=left><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>Hélio Nambu, capitão da aldeia Jaguapirú, concordou com o relatório da prefeitura de Dourados quando Tetila disse que no ano passado foram depositadas 17 toneladas de alevinos nas aldeias da região sul do Estado, contudo, acrescentou que grande parte dos peixes morreu em virtude de não ter ração para se alimentar. "Isso ninguém sabe, mas depois da criação da CPI é que a prefeitura de Dourados foi atentar para este fato e só assim depositou mais peixes nas aldeias para o suprimento das famílias", destacou Nambu. </FONT></P><P align=left><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>Já o capitão bororó Luciano Arévalo argumentou que a criação de paióis para a armazenagem de equipamentos de lavoura, conforme consta em relatório da prefeitura de Dourados, nunca existiu. "Não tenho conhecimento da criação de paióis nas aldeias, isso nunca aconteceu", ponderou. </FONT></P><P align=left><FONT face="Verdana, Arial, Helvetica, sans-serif" size=2>Em virtude das declarações, a CPI presidida pelo deputado estadual Maurício Picarelli (PTB) se reúne secretamente na próxima quinta-feira (14) para discutir os relatórios já enviados pela Funasa (Fundação Nacional de Saúde) e também pela Setass (Secretaria de Estado de Assistência Social e Economia Solidária) sobre programas de sustento aos índios. "Temos que apresentar um relatório bastante minucioso e cada detalhe é importante. Por esse motivo decidimos suspender a próxima audiência para um debate interno", comunicou Picarelli. </FONT></P>
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