No Dia Nacional do Índio, Picarelli propõe ações para a sobrevivência da raça

19/04/2005 - 12:00 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS

Como parte fundamental da história do Brasil, o Dia Nacional do Índio, comemorado nesta terça-feira (19), foi lembrado pelo deputado estadual e também presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquéritos) que investiga a desnutrição e mortalidade de crianças indígenas em Mato Grosso do Sul, Maurício Picarelli (PTB). O petebista atenta para a importância da integração e valorização da cultura dos índios, no sentido de se criar políticas de apoio à comunidade indígena visando atender as necessidades que vão desde atendimento médico, alimentação, saneamento básico até ao direcionamento dos mesmos a rede do SUS (Sistema Único de Saúde). <?xml:namespace prefix = o ns = "urn:schemas-microsoft-com:office:office" /><o:p> </o:p>“Como cidadãos, nós políticos temos a obrigação de promover estudos voltados aos direitos e defesa dos povos indígenas, bem como mobilizar autoridades de todos os Estados brasileiros a realizar ações beneficentes para a preservação e sobrevivência desta cultura”, frisa Maurício Picarelli, argumentado que a realidade social dos povos indígenas, tanto  em Mato Grosso do Sul  como em outros Estados ainda é muito chocante.<o:p> </o:p>Pensando na sobrevivência desta raça, foi criada em Mato Grosso do Sul, a CPI que investiga as causas de fome e desnutrição indígena nas aldeias, caso que gerou comoção nacional quando divulgado pelo Jornal Nacional no mês de janeiro deste ano. Presidida pelo parlamentar, a Comissão vem executando através de visitas às aldeias a precariedade da vida dos índios. “É preocupante e critica as condições de vida que se encontra a população indígena de nosso Estado, por isso tivemos que criar a CPI. Assim como nós, o índio precisa ter qualidade de vida e isso infelizmente não está acontecendo dentro da realidade indígena”, finaliza dizendo que a comemoração é um motivo a mais para que seja relembrado o papel do índio na construção do país.<o:p> </o:p>Cultura – Atualmente, calcula-se que apenas 400 mil índios ocupam o território brasileiro, principalmente em reservas indígenas demarcadas e protegidas pelo governo. São cerca de 200 etnias indígenas e 170 línguas. Porém, muitas delas não vivem mais como antes da chegada dos portugueses. O contato com o homem branco fez com que muitas tribos perdessem sua identidade cultural.<o:p> </o:p>Em Mato Grosso do Sul, por exemplo, crianças estão morrendo devido a doenças causadas pela falta de higiene e alimentação escassa. Não há estrutura dentro da comunidade indígena. De acordo com Mauricio Picarelli, os índios necessitam de auxilio social, algo que colocaria de volta dentro das aldeias urbanas e rurais, a identidade e a dignidade dos índios. “Nos tempos modernos, é triste saber que o índio ainda vive em confinamento de maltrato e preconceitos”, ressalta o parlamentar.<o:p> </o:p>Segundo informações divulgadas na imprensa, dados oficiais mostram que a taxa de mortalidade infantil entre crianças indígenas no Mato Grosso do Sul é duas vezes maior que a média nacional.  Conforme informações do Ministério da Saúde, o índice é de 24,3 por mil (dados de 2004). No Estado de Mato Grosso do Sul, é de 23,6 mil, mas entre as crianças indígenas do Estado a taxa sobe para 60, 5 por mil.

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