CPI da desnutrição indígena sabatina Gaspar Hickmann nesta quinta-feira

04/05/2005 - 20:30 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<p><font face="Verdana" size="2">O coordenador regional da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) em Mato Grosso do Sul, Gaspar Hickmann, presta depoimento mais uma vez à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da desnutrição e mortalidade infantil indígena, em audiência pública marcada para esta quinta-feira (5) no Plenarinho da Assembléia Legislativa, a partir das 15h. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Conforme o presidente da Comissão, deputado Maurício Picarelli (PTB), o depoimento de Hickmann visa esclarecer dados de possíveis superfaturamentos das verbas enviadas pela Funasa às aldeias do Estado. “São gastos exorbitantes com reparos de máquinas, concertos de veículos. Recebemos relatórios confidenciais que revelam, por exemplo, que parte da verba destinada ao Centrinho de Dourados estaria sendo encaminhada para as aldeias Santa Helena, Pradinho e Água Boa, nos Estados do Espírito Santo e de Minas Gerais”, protesta Picarelli. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">No dia 10 de março deste ano, durante a primeira audiência da CPI, Hickmann disse que o trabalho exercido pela Funasa teria duas vertentes: preventiva e curativa. Ele afirmou que, em se tratando de saúde indígena no Estado, a Fundação disponibilizava na época, 18 equipes multidisciplinares, com 162 agentes de saúde.</font></p><p><font face="Verdana" size="2">Na ocasião, Hickmann comunicou que a Funasa não fazia vigilância nutricional e nem seria responsável pela causa da fome no Estado, mas sim pela saúde. Esta declaração fez com que o presidente da Comissão passasse a suspeitar de falhas na prevenção da desnutrição nas aldeias e também no que condiz aos tratamentos de saúde, uma vez que, existe pessoal suficiente para auxiliar no combate ao problema. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Fora isso, existem gastos exorbitantes com convênios firmados entre Funasa e empresas de alimentos localizadas no Estado de São Paulo, em que valores altíssimos estariam sendo injetados em compra de amendoim, feijão. “São quantias muito altas e que deveriam vir de encontro à alimentação nas aldeias e não ao benefício de terceiros”, resume o presidente da Comissão. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Na audiência desta quinta-feira, Picarelli espera coerência no depoimento de Hickmann. “Temos em nossas mãos muitos outros relatórios que sugerem possível superfaturamento por parte da Funasa. Não temos mais tempo a perder. Precisamos apurar logo as causas e responsáveis por esta situação crítica no Estado”, conclui o deputado. <br/></font></p>
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