Hickmann explica gastos da Funasa, mas não convence CPI da desnutrição

05/05/2005 - 22:09 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<p><font face="Verdana" size="2">Emparedado pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da desnutrição e mortalidade infantil indígena em mais uma audiência pública da Comissão, o coordenador regional da Funasa (Fundação Nacional de Saúde) em Mato Grosso do Sul, Gaspar Hickmann, confidenciou mais uma vez que o trabalho da Fundação no Estado é puramente de assistência e não está associado à questões de saúde. Ele apenas explicou indícios de superfaturamento de maneira verbal, alegando que houve contradição e mal entendimento diante da elaboração dos convênios firmados entre a Funasa e empresas de serviços como mecânicas e oficinas. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">O presidente da CPI, deputado estadual Maurício Picarelli (PTB), questionou Hickmann sobre um contrato firmado entre a Funasa e o Centro Automotivo 500 Milhas, no valor de R$ 530 mil, que teria passado para o patamar de R$ 1,6 milhão. Gaspar rebateu indícios de um possível superfaturamento dizendo que no fechamento de contrato a pessoa que teria elaborado o documento pode ter feito uma confusão. “Não existe desvio de recursos”, justificou Hickmann em sua defesa. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Descontente com esta e com outras informações, Picarelli disse que é para a Funasa reservar uma sala especial para que três auditores da CPI estejam analisando toda a documentação de contratos firmados envolvendo a Fundação. A análise deve ser feita na próxima semana. Ainda de acordo com o presidente da Comissão, “preciso de dados por escrito e não falados, sei que existe má aplicação de recursos e acredito que falta um gerenciamento das contas da Funasa, fator que comprova que Hickmann está sendo mal assessorado”. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">No depoimento de Hickmann, este teria dito que alguns documentos recebidos pela presidência da CPI teriam sido furtados de dentro da Funasa. Picarelli, por sua vez, rebateu que poderia estar havendo um complô contra o coordenador por parte de funcionários do próprio órgão. O coordenador não descarta esta hipótese. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">O orçamento líquido da Funasa em 2004 atingiu o ápice de R$ 24 milhões, sendo R$ 12 milhões gastos com funcionários que prestam serviços esporádicos, ou seja, funcionários contratados. A afirmação na agradou a Comissão que critica esta última quantia. Quanto aos recursos destinados pelo SUS (Serviço Único de Saúde) à subsistência nas aldeias, o valor de R$ 15 mil subiu para R$ 60, contudo, neste acréscimo não constam convênios. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Em resumo, Picarelli disse estar satisfeito com o depoimento de Hickmann à CPI e alega que as declarações do coordenador darão subsídios para que a CPI conclua seu relatório o mais rápido possível e aponte os responsáveis pela fome nas aldeias. “As dúvidas ainda permanecem, mas por pouco tempo”, finalizou Picarelli. <br/></font></p>
As matérias no espaço destinado à Assessoria dos Parlamentares são de inteira responsabilidade dos gabinetes dos deputados.