Deputado Picarelli faz alerta para tráfico de drogas e pedofilia na Internet

22/07/2005 - 15:24 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<p><font face="Verdana" size="2">A Internet e o seu mundo virtual sem fronteiras se transformou no paraíso perfeito para a criminalidade. Passada a primeira etapa de encantamento e até de um certo romantismo com as facilidades e a democratização da informação, o lado obscuro da web cresce em ritmo alarmante e a cada dia desperta mais a atenção da polícia e de governos. Uma das áreas que mais prospera no cyberespaço é o tráfico de drogas. Compra-se de tudo nos shopping-centers virtuais do crime instalados na Internet, desde a droga pronta para consumo imediato até fórmulas para a produção de novos (e perigosos) compostos a partir de substâncias vendidas livremente em farmácias ou supermercados.</font></p><p><font face="Verdana" size="2">O sucesso do site de relacionamentos Orkut, criado em fevereiro de 2004, não atrai apenas quem procura amigos. Diversas comunidades fazem apologia ao tráfico e ao uso de drogas. Há até leilões virtuais em que o preço, de ecstasy, por exemplo, é abertamente discutido. Links levam usuários para sites estrangeiros que enviam drogas para qualquer lugar do Brasil pelo correio. Conversas sobre novos entorpecentes, informações sobre remédios que podem ter efeito alucinógeno e fórmulas caseiras, como o chá de fitas cassetes, são trocadas pelos internautas da página.</font></p><p><font face="Verdana" size="2">Com um registro no site de relacionamentos, que pode ser feito com nomes falsos ou apelidos, comunidades com nome de drogas prosperam a passos acelerados. A “Ecstasy-BR”, por exemplo, tem 5.424 participantes. Nela, usuários oferecem comprimidos do entorpecente a R$ 30, cada. A negociação também pode ser feita por e-mail.</font></p><p><font face="Verdana" size="2">Usuários do Orkut divulgam sites de fora do Brasil. Um deles, argentino, vende lança-perfumes e entrega a droga pelo correio. Basta mandar um e-mail que eles respondem, em português, que a caixa com 12 ampolas custa R$ 139,63, a ser entregue em 72 horas: “de venda proibida em alguns países, colocamos uma folha de alumínio que envolve a mercadoria e embalamos, frasco por frasco, para que possa trafegar com segurança entre um país e outro”, é o que revela um tópico da comunidade. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">O deputado estadual Maurício Picarelli (PTB), preocupado com esta situação, alerta pais e mães sobre os perigos que seus filhos podem estar correndo a mercê de um simples acesso de sites. Segundo Picarelli, “atualmente é comum as famílias, até mesmo de classe média baixa, possuírem computadores com acesso a Internet em suas casas. Na maioria das vezes os computadores são utilizados por jovens e adolescentes e em muitos casos, os pais sequer tem conhecimento sobre o que seus filhos acessam. É importante atentar para o fato de que o perigo pode estar a um clique”, alerta Picarelli, enfatizando ainda a prisão de uma quadrilha carioca que vendia drogas pelo Orkut, ocorrida na semana passada em Niterói (RJ). </font></p><p><font face="Verdana" size="2">O Orkut é um serviço on-line onde os usuários podem criar comunidades para discutir de receitas à física quântica, além de marcar eventos como encontro de participantes. De um total de 7,5 milhões de usuários cadastrados no Orkut, cerca de 74% são brasileiros e têm menos de 25 anos. </font></p><p><font face="Verdana" size="2"><strong>Pedofilia</strong> – Tendo como principal meio de divulgação a Internet, a pedofilia movimenta milhões de dólares por ano e expõe milhares de crianças indefesas a abusos que nem mesmo adultos suportariam. Para se ter uma idéia, hoje, existem Clubes de Pedofilia! Esses “Clubes” servem para “associar” pedófilos pelo mundo; onde estes podem adquirir fotos ou vídeos contendo Pornografia Infantil ou, pior, “contratar” serviços de Exploradores Sexuais, fazer Turismo sexual ou mesmo efetivar o Tráfico de menores e aliciá-los para práticas de abusos sexuais. Este circo de horrores se mostra mais aterrorizante quando são constatados desaparecimentos de crianças no mundo inteiro. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Segundo a Telefono Arcobaleno, associação italiana para a defesa da infância, o Brasil ocupa o quarto lugar no ranking mundial dos sites dedicados à pornografia infantil. A entidade trabalha com informações do FBI (a Polícia Federal dos Estados Unidos), da Interpol e de polícias de vários países. Em seu balanço anual de 2003, catalogou pornografia infantil em 17.016 endereços na Internet – desses, 1.210 são brasileiros. Número que diminuiu drasticamente nos últimos seis meses, pois a legislação brasileira passou a considerar crime o fato de se publicarem na Internet imagens de crianças em situação de abuso sexual. O problema é que a medida não significa uma redução da criminalidade. Conforme informações do Setor de Crimes Cibernéticos da Polícia Federal em Brasília (DF), a única coisa que mudou foi a hospedagem dos sites, já que, saíram do Brasil para provedores de outros países. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Nesta semana, a assessoria de imprensa do Deputado Maurício Picarelli acessou com facilidade mais de 30 sites de pornografia infantil, todos em português. Em todos, as imagens são vendidas por um preço médio de R$ 30 o kit com cinco CDs contendo milhares de fotos e oito horas de filme “de puro sexo com garotas e adolescentes”.</font></p><p><font face="Verdana" size="2">“Enquanto não há uma legislação que permita um combate efetivo aos pedófilos virtuais, alguns pais e algumas escolas têm tomado medidas paliativas. Uma dessas alternativas é usar programas especiais que filtram o conteúdo das páginas de Internet. Os pais precisam estar mais a par do que seus filhos vêem na Internet. Ter computador em casa só facilita a criminalidade. É preciso uma conscientização maior por parte da família”, destaca Picarelli.<br/></font></p>
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