CPI: Depoente diz que falha técnica de empreiteira causou o desabamento de casas indígenas

15/09/2005 - 21:15 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<p><font face="Verdana" size="2">Depoimento instigante foi dado pelo empresário Luclécio Festa à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da desnutrição e mortalidade infantil indígena nesta quinta-feira (15), durante 13ª audiência realizada no Plenarinho da Assembléia. Festa é responsável pela empresa Ecomáquinas - fabricante dos tijolos ecológicos utilizados nas casas que desabaram nas aldeias Jaguapirú e Bororó em Dourados – e culpou a empreiteira A.C. Construtora Ltda pelo desabamento, afinal, como ele mesmo disse: “faltou acompanhamento técnico por parte da empreiteira”. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Conforme Luclécio, a empresa Ecomáquinas foi contratada pela A.C. Construtora para disponibilizar o maquinário preciso para a confecção dos tijolos ecológicos. Após ser liberada a máquina, um técnico foi disponibilizado pela empresa para estar prestando assistência técnica aos usuários que utilizariam a máquina fabricante dos tijolos. “Nós fizemos nossa parte e quando mantínhamos contato com o pessoal da A.C. Construtora, eles diziam que tudo estava bem”, declarou Festa. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">A constante troca de gerenciamento na empresa A.C. também foi criticada pelo depoente à CPI. Ele argumentou que depois de firmado o contrato com a empreiteira, nunca mais conseguiu falar com o respectivo proprietário: Milton Gonçalves Filho. “Ligava para onde funcionava a empreiteira e era informado de que ela havia mudado de endereço, tentava procurar novamente e quando encontrava algum contato recebia a mesma informação”. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Por causa dessa situação inconstante, Luclécio disse não ter sido pago pelos serviços prestados nas aldeias e alega ter sido obrigado a aceitar materiais de construção como forma de pagamento. “Eles ficaram me devendo R$ 35 mil por um bom tempo, mas depois pagaram somente a metade. Somente agora é que recebi tudo”, acrescentou. </font></p><p><font face="Verdana" size="2"><strong>Tijolos</strong> – Questionado pela CPI sobre as vantagens em se utilizar tijolos ecológicos nas construções, Luclécio afirmou que “mais resistência é adquirida nas construções, bem como pontos positivos podem ser presenciados no sistema termo-acústico”. “Nosso material é de alta produtividade e muito bom, a culpa certamente foi da A.C. Construtora que não disponibilizou um acompanhamento técnico adequado para verificar a obra”. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Réplica semelhante ao protótipo das casas construídas em Dourados está sendo feita em Amambai, contudo, a Funai (Fundação Nacional do Índio) local está acompanhando ‘in loco’ as construções. “É diferente. Lá tem gente pra acompanhar e nas casas indígenas em Dourados não havia ninguém”, concluiu Luclécio. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">O proprietário da empreiteira A.C. Construtora, Milton Gonçalves Filho, intimado a prestar depoimento à CPI, não foi localizado pela Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública). Os endereços não procedem, já que, a policia não encontrou Gonçalves Filho em dois endereços da empresa A.C. Construtora, que supostamente ficariam na rua Domingos Aparecido Bissoli, 423, Bloco 11, na Vila Popular e na rua Padre João Crippa, 1.065, sala 105, Edifício Rio Negro, centro da Capital. <br/></font></p>
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