<p><font face="Verdana" size="2">As discussões em torno da instalação das usinas de álcool no Planalto do Pantanal novamente agitaram o clima da sessão ordinária desta quinta-feira (17) na Assembléia Legislativa. Os deputados travaram debates acirrados sobre o documento <strong>(*) </strong>entregue ontem por 17 prefeitos daquela região ao presidente da Casa, deputado Londres Machado (PL), no qual defendem o empreendimento para geração de renda e pedem discussão do caso. Na visão dos prefeitos, a instalação das usinas ampliaria a economia das cidades situadas ao Norte e Sudoeste do Estado. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Os prefeitos ainda solicitam que o caso seja discutido sem emoção, em virtude do suicídio do ambientalista Francisco Anselmo Barros, que no sábado passado ateou fogo ao próprio corpo em protesto contra o projeto, na rua Barão do Rio Branco, em Campo Grande. O documento vai contra a posição da ministra do Meio-Ambiente, Marina Silva, que esteve na Capital na última terça-feira e confirmou sua posição contrária a instalação das usinas, baseada no Conama (Conselho Nacional de Meio Ambiente). </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Para o deputado Maurício Picarelli, líder do PTB na Assembléia, “o ambientalista deu a vida por uma causa que acreditava. Ele até citou, diante de documento, as diferentes opiniões dos parlamentares, onde, conforme ele escreveu: 1/3 vota a favor e 1/3 vota contra. É necessário que o Governo acate a decisão de retirar o projeto de discussão. Não estamos lidando com geração de emprego e renda, mas sim com a preservação da vida. Com certeza este projeto deve ser mais discutido com as universidades e organizações ambientais”. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Mentor dos debates, o deputado estadual Ary Rigo (PDT), autor da lei nº 328/82 que proíbe a implantação destas usinas no Pantanal, ocupou a tribuna para novamente defender sua lei e destacar que vários dos 17 municípios que se manifestaram a favor do projeto do Governo para a liberação de empreendimentos no Planalto Pantaneiro, podem receber as usinas com ou sem restrições. Para ele, essas cidades deveriam se preocupar em captar os investimentos e não em alterar a legislação. </font></p><p><font face="Verdana" size="2"><strong>(*)</strong> O documento foi assinado pelos prefeitos de Rochedo, Jaraguari, Sidrolândia, São Gabriel do Oeste, Bela Vista, Camapuã, Nioaque, Coxim, Costa Rica, Alcinópolis, Guia Lopes da Laguna, Pedro Gomes, Antônio João, Corguinho, Rio Verde, Bandeirantes e Figueirão.<br/></font></p>
