‘Onda’ de golpes atormenta população e deputado volta a atacar estelionatários

16/02/2006 - 18:30 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<p>“Não assine nada sem ler, não pague nada sem recibo”. È desta maneira que o deputado estadual Mauricio Picarelli (PTB) vêm alertando a população que reside em Campo Grande e também àqueles que moram no interior do Estado, quanto aos golpes praticados por estelionatários, que, conforme informações da Polícia Civil, têm crescido assustadoramente ano a ano.</p><p>Para alimentar suas contas, os golpistas aplicam de forma estratégica golpes dos mais variados como: golpe via internet, cheques fraudulentos, celular clonado, boa noite Cinderela, entre outros. A emissão dos boletos bancários às residências é um dos que têm liderado a lista dos mais praticados e segundo Picarelli, têm gerado grandes prejuízos e transtornos às vítimas. “A população precisa tomar cuidado ao passar informações pessoais. Estamos lidando com bandidos e estelionatários que não tem respeito nenhum pelo ser humano”, diz o parlamentar. </p><p>Em Campo Grande, alguns acontecimentos de golpes vieram a chamar novamente a atenção do petebista para o assunto. É o caso da enfermeira Terezinha Dias da Conceição, vitima do golpe da compra de veículos. A enfermeira relata que se revoltou ao efetuar a compra de um Gol branco com placa de Rio Negro, dividido em 36 parcelas de R$ 414, 84, totalizando um valor de R$ 14 mil. Segundo ela, o veículo chegou em sua residência apresentando vários defeitos de fábrica como: falta de retrovisor, capô mal colocado, banco com assento pela metade. “Não imaginava que a compra de um carro pudesse me trazer tantos problemas”, reclama. </p><p>A dor-de-cabeça de Terezinha não parou por aí. Como se não bastasse o constrangimento da compra do carro, a enfermeira teve de enfrentar outro problema: a emissão de boletos de outros veículos em seu nome. Um Ômega com parcelas de 36 de R$ 450,00 e outra de uma motocicleta modelo Twister com 36 parcelas de R$ 235,00.<br/> <br/>O técnico em telecomunicação Hélio Barbosa de Souza enfrentou o mesmo problema. O morador do bairro Octávio Pécora conta que emitiram um boleto de plano de saúde no valor de R$ 492,00 com o nome de sua esposa Aparecida Santiago de Souza. Sem saber do que se tratava, Hélio ligou para a empresa para pedir explicações, já que, nenhum plano tinha sido feito. “Fomos surpreendidos com este boleto, ainda mais neste valor”, contesta o técnico.</p><p>O caso foi denunciado ao deputado Picarelli, que procurou imediatamente a empresa para que esta se explicasse. Luiz Felipe Bernardes, executivo da empresa ANS (Agência Nacional de Saúde), responsável pela emissão do boleto bancário de saúde, explicou que ordem escrita poderia ser desconsiderada, desde que não fosse paga pelo associado.</p><p>A situação da dona-de-casa Santina Gomes, de 60 anos, moradora do bairro Tiradentes, também não é diferente. Sonhando há anos com a casa própria, ela conta que foi convencida em efetuar a compra de um terreno no valor de R$ 12 mil. Contudo, ela explica que a quantia pedida para a compra do imóvel era além do que tinha poupado ao longo dos anos. Tendo R$ 9 mil nas mãos, o suposto proprietário efetuou a venda através de um contrato de gaveta, ou seja, a escritura do imóvel só seria passada para Terezinha no período de 30 meses, quando o restante do valor fosse quitado, porém, a promessa não passou de mentira. </p><p>Conforme informações da moradora, o suposto vendedor teria rompido o contrato, todavia, sem a devolução da parte do dinheiro usado para a compra do imóvel. “Estou desesperada com esta situação. Juntei todas as minhas economias para comprar a minha casa e não pude ficar com o imóvel. Agora estou lutando para recuperar o meu dinheiro de volta”.</p><p>Picarelli volta a argumentar que não existe uma maneira de coibir este tipo de crime e que depende do cidadão se prevenir. “Infelizmente os estelionatários se aproveitam da boa fé das pessoas e agem sem escrúpulos. Por isso, quem avisa amigo: procure a Delegacia do Consumidor e esclareça todas as suas dúvidas antes de assinar qualquer papel”, finaliza. <br/></p>
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