Órgãos de saúde desconhecem lei estadual sobre transplantes

29/11/2007 - 16:17 Por: Glaucia Jandre   

<p><font size="2" face="Verdana"><img width="280" height="178" border="7" align="left" alt="" src="/Portals/0/picarelli/Transplante.jpg" />Desde novembro de 1991, a lei estadual 1.223 regulamenta a remo&ccedil;&atilde;o de &oacute;rg&atilde;os, tecidos e subst&acirc;ncias humanas, para fins de transplantes, pesquisa e tratamento. Na &eacute;poca em que a lei foi publicada, a SES (Secretaria de Estado de Sa&uacute;de) deveria em 120 dias expedir normas regulamentando transplantes para fins de pesquisa e tratamento.<br />
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Segundo o autor da Lei, deputado Maur&iacute;cio Picarelli (PMDB), o Estado de Mato Grosso do Sul foi pioneiro na regulamenta&ccedil;&atilde;o deste assunto. &ldquo;A Constitui&ccedil;&atilde;o Federal disp&otilde;e que a sa&uacute;de &eacute; direito de todos e dever do Estado, garantindo pol&iacute;ticas sociais e econ&ocirc;micas que visem a redu&ccedil;&atilde;o do risco de v&aacute;rias doen&ccedil;as&rdquo;, justifica Picarelli. Al&eacute;m de transplantes a regulamenta&ccedil;&atilde;o inclui a coleta, o processamento e a transfus&atilde;o de sangue humano e seus derivados.<br />
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Dados da CET/MS (Central Estadual de Transplantes), que cuida da capta&ccedil;&atilde;o de doadores de medula &oacute;ssea, no ano passado foram registrados mais de 8,9 mil novos doadores. O cadastro &eacute; realizado em parceria com o Hemosul (Centro de Hematologia e Hemoterapia de Mato Grosso do Sul) onde &eacute; feita coleta da amostra de sangue, que &eacute; enviada em seguida para o Redome (Registro de Doadores de Medula &Oacute;ssea), no Rio de Janeiro (RJ).<br />
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Claire Carmem Miozzo, coordenadora do CET, disse que o Estado t&ecirc;m crescido em n&uacute;meros de doa&ccedil;&otilde;es. &ldquo;Neste ano realizamos 171 transplantes de c&oacute;rneas, 42 de rins, e quatro de m&uacute;sculos esquel&eacute;ticos&rdquo;. <br />
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A Central &eacute; respons&aacute;vel por organizar a fila de espera e obedece a legisla&ccedil;&atilde;o federal do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de, quanto aos procedimentos de cirurgias. Cerca de 500 pessoas que est&atilde;o &agrave; espera de rins, cora&ccedil;&atilde;o e c&oacute;rnea aguardam transplantes. <br />
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Tamb&eacute;m desconhece a lei dos transplantes o diretor do Hemosul, Osnei Okumoto, que explica que quanto a transplante de medula, o Estado cadastra cerca de 12 mil poss&iacute;veis doadores por ano. &ldquo;A realiza&ccedil;&atilde;o de transplante de medula &oacute;ssea s&oacute; ocorre mediante n&iacute;vel de compatibilidade entre doador e paciente. Apesar de cadastrarmos cerca de doze mil poss&iacute;veis doadores por ano, tivemos apenas tr&ecirc;s compat&iacute;veis neste ano&rdquo;, comenta o diretor.<br />
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Conforme a legisla&ccedil;&atilde;o brasileira de transplantes, a doa&ccedil;&atilde;o s&oacute; acontece mediante autoriza&ccedil;&atilde;o da fam&iacute;lia, ap&oacute;s consentimento da morte encef&aacute;lica &ndash; se doador cad&aacute;ver &ndash; ou por vontade pr&oacute;pria &ndash; se doador vivo. Luiz Henrique Mandetta, secret&aacute;rio Municipal de Sa&uacute;de da Capital, explica que na cidade podem ser feitos transplantes de c&oacute;rnea, cora&ccedil;&atilde;o e rim.<br />
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&ldquo;Ainda n&atilde;o realizamos transfer&ecirc;ncia de &oacute;rg&atilde;os como pulm&atilde;o, p&acirc;ncreas e f&iacute;gado por falta de equipamentos t&eacute;cnicos de &uacute;ltima gera&ccedil;&atilde;o e de leitos de unidade de terapia intensiva [UTI] nos nossos hospitais&rdquo;, justifica Mandetta.<br />
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