MS presente no Encontro Nacional que aclamou Serra pré-candidato à Presidência da República

Imagem: Diversos peessedebistas de MS participaram do evento
Diversos peessedebistas de MS participaram do evento
10/04/2010 - 14:59 Por: Fernando Ortega - DRT/MS: 34    Foto: Assessoria

A bancada de deputados estaduais do PSDB de Mato Grosso do Sul (Ary Rigo, Dione Hashioka, Onevan de Matos, Reinaldo Azambuja e Rinaldo Modesto), a senadora Marisa Serrano, vereadores, a direção da JPSDB-MS, lideranças e militantes sul-mato-grossenses participaram do Encontro Nacional conjunto do PSDB, DEM e PPS, realizado na manhã de sábado, em Brasília.

Os presidentes dos três partidos que formam o BDR (Bloco Democrático e Reformista), Sérgio Guerra (PSDB), Roberto Freire (PPS) e Rodrigo Maia (DEM), discursaram e referendaram o desejo da militância, que aclamou o nome do ex-governador José Serra como candidato à presidente da República.

Guerra falou sobre a história e as virtudes de Serra. Mais ácido, Rodrigo Maia teceu severas críticas ao atual governo. Freire lembrou do passado de militância conjunta e a luta contra a ditadura. Todos fizeram questão de apontar que o Brasil não fora inventado há 7 anos atrás e parabenizaram os trabalhos de Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso.

O presidente do PSDB reforçou o desejo da ampliação dos partidos que apóiam Serra: “Agradeço a presença do PTB, PMN e PSC. A aliança será muito maior, pois vejo uma vontade que eu não vejo há muito tempo, de eleger um presidente da República para botar o Brasil nos trilhos, que é o Serra. Guerra reforçou a responsabilidade na eleição e as virtudes que fazem de Serra um grande candidato: “Esta eleição só depende de nós, de nossa unidade e nossa luta. O Serra é o quadro mais qualificado para dirigir o país. O Serra não é improviso, é parte integrante da história de lutas do Brasil. Lutador que se revelou um líder”, falou.

Já o presidente dos Democratas apontou os riscos às liberdades individuais que ocorrem hoje no país e a necessidade da eleição de Serra: “O DEM reafirma os compromissos em torno do nome de José Serra. Vivemos sob os riscos das liberdades e isso não nos inspira. O que nos inspira é a democracia. O atual governo não gosta de imprensa livre. Não fosse nosso papel como oposição, seríamos uma nova Venezuela. O Governo Lula administrou a pobreza e não fez nada para superá-la”, realçou Rodrigo Maia.

Roberto Freire também apontou a democracia e as instituições fragilizadas, bem como os desafios para o futuro do país: “Temos que ter alternativa. Não podemos estar juntos com um governo que não respeita o Legislativo e o Judiciário. O Estado tem que ser forte pela solidez de suas instituições e o respeito à democracia. O país exige mudanças. Este governo que está aí não tem a ousadia da mudança. O Brasil quer saber o que faremos para o futuro. O Brasil quer ter novas esperanças”, discursou.

Brasil da decência – O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi enfático ao comparar o marketing que existe atualmente e a competência e capacidade de José Serra em administrar: “Qual o país que queremos? Que olha o passado e o difama? Que olha o presente e vive de marketing? Ou um Brasil que olha o futuro? O Serra é o construtor do futuro. O Serra construiu sua condição de líder. Não se governa o Brasil com ódio e sem generosidade”, apontou.

Fernando Henrique reforçou o vazio entre o marketing e realizações reais. FHC usou o Governo de São Paulo para fazer comparações: “Procurei e não achei nada que o marketing deste governo diz que fez. Basta ir a São Paulo para poder ver o que o Serra fez e também o que não se vê, como saneamento básico. Fez educação, saúde de qualidade. Investimentos no ser humano. O Brasil cansou de arrogância, o Brasil quer o respeito à lei. O Brasil quer que o malandro que roubou vá para a cadeia! O Brasil do Serra é o Brasil da decência!”, explanou.

“Vice, vice” – Aclamado pelos presentes com o grito de “Vice”, Aécio Neves empolgou a militância dos três partidos, reafirmando que o BDR quer discutir o futuro, mas não se furtará em discutir o passado, caso precise: “ O PSDB e seus aliados estão preparados para debater o presente e o futuro do país. Mas se quiserem discutir o passado, vamos discutir o passado, pois o nosso passado não nos envergonha. O Brasil não foi descoberto em 2003! Reconstruímos este país a partir da eleição de Tancredo Neves. Depois veio a Nova Constituição e o PT não assinou a Carta Magna. Depois do impeachment de um presidente, o PT se recusou a apoiar Itamar Franco. No Governo Fernando Henrique o PT se recusou a apoiar a estabilidade. O PT votou contra a Lei da Responsabilidade Fiscal. Dona Ruth Cardoso iniciou os grandes programas sociais deste país. Ao final do discurso, Aécio deixou esperança na militância ao apontar que será soldado de Serra e do PSDB “onde for convocado”.

O pré-candidato José Serra discursou por quase uma hora, iniciando sua fala com a garantia de que “O Brasil pode mais!”. Serra apresentou os eixos do que será seu plano de governo frente à Presidência da República e emocionou todos quando lembrou da origem de sua família e seu pai, imigrante italiano, vendedor de frutas: “Meu pai carregou caixas de frutas para que eu pudesse carregar caixas de livros. E é isto que eu quero para cada pai de família: que matricule seu filho na escola pública tendo a certeza que esta escola é tão boa quanto à particular, pois tudo que eu aprendi ou foi na escola pública ou na escola da vida”, apontou.

O ex-governador falou de sua trajetória política e sua história de vida, lembrando a vida no exílio e o enfrentamento a dois golpes de estado (Brasil e Chile). Serra pontuou, ainda, que não fará distinções entre oposição e situação e que não permitirá a “falange do ódio”, seja na campanha ou no governo: “Com a força de Deus e do povo brasileira será vitoriosa. O Brasil pode mais é o sentimento de milhões de brasileiros. O governo tem que ter alma. Gastar menos tempo com promessa e gastar mais tempo com ações. É deplorável que gente, em nome da política, tente dividir nosso país. Eu não aceito o discurso do ‘nós’ contra ‘eles’. Não jogaremos o governo contra a oposição. Minha história de vida é de valorização ao trabalho”, finalizou.

O deputado estadual Onevan de Matos comemorou o sucesso do encontro nacional: “O Serra é o candidato mais preparado para governar o Brasil. Tem história de vida e muito serviço prestado, seja no legislativo ou no executivo. É hora de consolidar o desenvolvimento iniciado com a estabilidade do Plano Real”, opinou.

Mais de 5 mil pessoas, de todo o país, estiveram no evento, dentre estas diversas lideranças dos três partidos, como o prefeito de São Paulo Gilberto Kassab, o governador de São Paulo Alberto Goldman, o ex-prefeito do Rio de Janeiro César Maia, o deputado federal ACM Neto e diversos senadores, como Arthur Virgílio, Tasso Jereissati e Marco Maciel.
As matérias no espaço destinado à Assessoria dos Parlamentares são de inteira responsabilidade dos gabinetes dos deputados.