Em audiência, Kemp sugere lei federal para pôr fim aos conflitos agrários entre índios e produtores
24/10/2007 - 15:09
Por: Josy Macedo, assessoria do Mandato Pedro Kemp (PT)
<p class="western" style="margin-bottom: 0cm" align="justify"><font face="Verdana" size="2">O parlamentar esclareceu que em Mato Grosso do Sul, ao contrário de outros estados brasileiros, a União vendeu e titulou terras tradicionalmente indígenas. “Eu avalio que somente um projeto de lei que estabeleça a indenização àqueles que compraram de boa fé terras, hoje, consideradas indígenas poderá pôr fim a esses conflitos. Essa indenização seria pelo erro cometido no passado pelo Estado Brasileiro ao titular irregularmente essas terras”, enfatizou.</font></p>
<p class="western" style="margin-bottom: 0cm" align="justify"><font face="Verdana" size="2">Pedro Kemp defende ainda que seja formada uma mesa de negociação, intermediada pela Funai (Fundação Nacional do Índio), que reúna os proprietários de terras e lideranças indígenas de Mato Grosso do Sul. “Nesta negociação seria discutido o processo de indenização destes proprietários, a fim de que os índios tenham de volta seus Tekohá”, explicou, referindo-se aos territórios indígenas. </font></p>
<p class="western" style="margin-bottom: 0cm" align="justify"><font face="Verdana" size="2">O deputado, que tem seu mandato pautado na luta dos movimentos sociais, fez também a defesa do CIMI (Conselho Indigenista Missionário). Durante a audiência pública, o Conselho recebeu duras críticas dos representantes dos produtores rurais e de deputados estaduais ligados ao segmento. Ao lembrar dos compromissos do CIMI, Kemp enfatizou que a entidade não tem como objetivo incentivar a violência no campo, tão pouco incitar a ocupação de terras. “O CIMI atua respeitando a autonomia das comunidades indígenas, seu protagonismo. A decisão de ocupar é da população indígena e não dos militantes do CIMI”, explicou.</font></p>
<p class="western" style="margin-bottom: 0cm" align="justify"><font face="Verdana" size="2">Na manhã de hoje ao responder às críticas do deputado Paulo Corrêa sobre o CIMI, Pedro Kemp lembrou que a entidade é um organismo oficial da Igreja Católica, ligado à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil). “Tem uma atuação missionária, prestando assessoria jurídica à população indígena. Eu acompanho o trabalho do Conselho, sei que seus dirigentes são estudiosos da população indígena e respeitam a autonomia e o protagonismo das comunidades”, frisou. </font></p>
<p class="western" style="margin-bottom: 0cm" align="justify"><font face="Verdana" size="2">O CIMI é dirigido nacionalmente pelo Bispo Dom Franco Masserdotti, tendo como objetivos, definidos pela Assembléia Nacional de 1995, o apoio às comunidades indígenas. “O objetivo da atuação do Cimi foi assim definido pela Assembléia Nacional de 1995: “Impulsionados(as) por nossa fé no Evangelho da vida, justiça e solidariedade e frente às agressões do modelo neoliberal, decidimos intensificar a presença e apoio junto às comunidades, povos e organizações indígenas e intervir na sociedade brasileira como aliados (as) dos povos indígenas, fortalecendo o processo de autonomia desses povos na construção de um projeto alternativos, pluriétnico, popular e democrático”, descreve assim sua atuação a entidade. </font></p>
As matérias no espaço destinado à Assessoria dos Parlamentares são de inteira responsabilidade dos gabinetes dos deputados.