Zé Teixeira critica demissões e falta de planejamento do Estado

18/05/2006 - 13:00 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<p><font face="Verdana" size="2">O deputado estadual Zé Teixeira (PFL) criticou nesta quinta-feira, em entrevista à imprensa, as demissões em massa decretadas pelo governador Zeca do PT e apontou falta de planejamento do governo de Mato Grosso do Sul ao longo do atual mandato. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">O deputado refere-se, entre outros aspectos, ao decreto publicado na edição desta quarta-feira no Diário Oficial do Estado, o qual determina a demissão de 1,8 mil funcionários comissionados. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Zé Teixeira acredita ainda que a crise aparente anunciada pelo governador, alegando motivos como os focos de febre aftosa, não deve-se a esse fator, por entender que o maior prejudicado apenas nesse caso foi o setor produtivo e não o Estado. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">“Nesse momento de crise, num Estado primário como o nosso em que o governo propaga a queda da arrecadação, eu entendo que não. A arrecadação, se você comparar ao mesmo período de 2005,  aumentou 8%. Eu entendo que o desastre da aftosa foi prejudicial ao setor produtivo e não à arrecadação, porque o setor perdeu no preço e o governo arrecada pelo preço apurado do boi”, explicou Zé Teixeira. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Ele observa que enquanto o governo alega que a receita do Estado caiu, a do País teve um crescimento considerável. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">“Quando nós exportávamos, 20% saíam daqui diferidos pela Lei Kandir, que o Estado seria compensado lá no encontro de contas de exportação. Hoje, o Brasil aumentou 12% da exportação e Mato Grosso do Sul caiu 80% na exportação de carne, só que os 100% dos bois são abatidos aqui hoje, então subentende-se que, como nós temos o maior rebanho e a melhor qualidade, esse boi está sendo pago o ICMS na saída por 100%, e muitas dessas carnes tenho certeza que estão sendo exportadas por outros estados”, acrescentou. <br/> <br/>Mesmo que a exportação tenha caído 80%, conforme interpreta o deputado, o Estado está recebendo 100% do abate, que está saindo daqui com ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) pago. “Nesse caso, quem está perdendo com a aftosa é o setor produtivo, mas o Estado, no meu raciocínio e na minha conta, não está perdendo”, acrescentou. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">O deputado questiona ainda o fato de o governo estadual mandar para a rua vários funcionários ao mesmo tempo em que garante a contratação de 22% do mesmo pessoal exonerado. <br/> <br/>“Daí eu pergunto, será que não foi contratado gente a mais, será que o governo teve um bom planejamento para criar agora esse constrangimento com os funcionários?, questionou. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Zé Teixeira voltou a defender uma melhora estrutura funcional nas repartições públicas, citando como exemplo a Iagro, que, segundo ele, precisa ampliar seu horário de atendimento e incentivar técnicos e funcionários com uma melhor remuneração. <br/> <br/>“Eu acho que na Iagro e na Exatoria, eles deveriam ser bem remunerados e trabalhar no horário de funcionamento do comércio, porque ninguém marca hora para negociar o produto, hoje a Iagro está abrindo às 8h e fechando às 13h, então é uma carga de 6 horas.  Será que não era bom, se está havendo redução, aumentar o salário desses funcionários e abrir das 8h às 11h e das 13h às 17h?”, questionou. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Em sua avaliação, o órgão deveria funcionar em período integral como forma de facilitar a vida dos produtores rurais. “Tem muitos negócios feitos depois da uma hora, daria até para tirar nota e até a operação caminhar, acho que isso aí vai criar um constrangimento porque criaram uma expectativa de esperança e hoje está criando uma expectativa de desilusão nas pessoas”, desabafou. </font></p><p><font face="Verdana" size="2">Zé Teixeira defendeu um melhor planejamento. Segundo ele, o governo tinha uma expectativa que o Estado cresceria 17%. “Criaram despesa em cima de uma projeção que frustrou, aumentou 8%, então acho que não cobriu essa projeção de crescimento”.</font> </p><p align="right"><em><font size="1">Willams Araújo</font></em></p>
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