Deputados querem vasculhar destino que ONGs dão ao dinheiro público
16/11/2006 - 08:32
Por: Willams Araújo
<P class=MsoBodyTextIndent2 style="TEXT-INDENT: 0cm" align=left><FONT size=2><FONT face=Verdana><SPAN style="COLOR: windowtext">A idéia partiu do deputado estadual Zé Teixeira (PFL), que protocolou requerimento na </SPAN><SPAN style="COLOR: windowtext">Mesa Diretora da Assembléia, na sessão desta terça-feira. O documento será encaminhado ao secretário Raufi Marques (Coordenador-Geral de Governo) e a Coordenadora do Conselho de Gestão Estadual das Políticas Sociais, Gilda Maria Gomes dos Santos. </SPAN></FONT></FONT></P>
<P class=MsoBodyTextIndent2 style="TEXT-INDENT: 0cm" align=left><SPAN style="COLOR: windowtext"><FONT face=Verdana size=2>No documento, Zé Teixeira pede a Raufi e à primeira-dama do Estado que informem o valor anual repassado, nos últimos cinco anos, à Fapems (Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura de Mato Grosso do Sul) e à Fundação Cândido Rondon, além das demais fundações e Organização Não-governamentais com sede no Estado, que da mesma forma receberam verbas do Tesouro Estadual. </FONT></SPAN></P>
<P class=MsoBodyTextIndent2 style="TEXT-INDENT: 0cm" align=left><SPAN style="COLOR: windowtext"><FONT face=Verdana size=2>"Age este parlamentar no exercício das atribuições delegadas aos deputados pela Constituição Federal, no seu artigo 63, inciso X, combinados com o artigo 76 e seguintes do Regimento Interno desta Casa de leis, que nos incumbe de sermos os fiscais e controladores dos atos praticados pela administração pública estadual direta ou indireta", justifica Zé Teixeira, ao solicitar os dados do governo. </FONT></SPAN></P>
<P class=MsoBodyTextIndent2 style="TEXT-INDENT: 0cm" align=left><SPAN style="COLOR: windowtext"><FONT face=Verdana size=2>Comumente, o Poder Executivo se nega a responder requerimentos aprovados pela Assembléia, mesmo ciente de que o não atendimento poderá implicar em crime de responsabilidade por parte do governador Zeca do PT, conforme determina a Constituição. </FONT></SPAN></P>
<P class=MsoBodyTextIndent2 style="TEXT-INDENT: 0cm" align=left><SPAN style="COLOR: windowtext"><FONT size=2><FONT face=Verdana><STRONG>Auditoria ? </STRONG>Na<STRONG> </STRONG>verdade, ao solicitar os números do Executivo, o deputado apenas se antecipa a idéia do governador eleito André Puccinelli (PMDB), que já avisou que vai pedir uma auditoria no governo do PT assim que assumir o cargo em janeiro. </FONT></FONT></SPAN></P>
<P class=MsoBodyTextIndent2 style="TEXT-INDENT: 0cm" align=left><FONT size=2><FONT face=Verdana><SPAN style="COLOR: windowtext">Esse trabalho de investigação dos gastos públicos com ONGs também está sendo realizado em nível nacional, coincidentemente a pedido de um senador do PFL, </SPAN><SPAN style="COLOR: windowtext">Heráclito Fortes, que preferiu ir mais longe ao colher </SPAN><SPAN style="COLOR: windowtext">assinaturas necessárias para entrar com um pedido de abertura de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar os repasses federais feitos às instituições filantrópicas. </SPAN></FONT></FONT></P>
<P class=MsoBodyTextIndent2 style="TEXT-INDENT: 0cm" align=left><SPAN style="COLOR: windowtext"></SPAN><SPAN style="COLOR: windowtext"><FONT face=Verdana size=2>Segundo o senador, a auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) apontando que 54,5% das verbas federais repassadas a ONGs atendem a entidades ineptas, reforça a urgência da instalação de uma CPI.<BR> <BR>Conforme a auditoria do TCU, as entidades que recebem a maior parte das verbas federais não tem capacidade para executar as atividades propostas. <BR> <BR>Ele chegou a conseguir as 27 assinaturas necessárias (um terço da Casa) para criar a CPI, mas o pedido não tinha fato determinado. Mesmo assim, Fortes continuará sua batalha no plenário da Casa na próxima semana. </FONT></SPAN></P>
<P class=MsoBodyTextIndent2 style="TEXT-INDENT: 0cm" align=left><SPAN style="COLOR: windowtext"><FONT face=Verdana size=2>A proposta de criar a CPI surgiu durante o período eleitoral, quando emissários do PT foram presos com R$ 1,7 milhão que seria usado para comprar um dossiê contra tucanos. O elo, no caso, é o fato de Jorge Lorenzetti ser colaborador da rede Unitrabalho. Lorenzetti é apontado pela Polícia Federal como o articulador da compra do dossiê. </FONT></SPAN></P>
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