Zé Teixeira diz que projeto não pode atrapalhar produtores

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Zé Teixeira
17/09/2009 - 17:24 Por: Willams Araújo    Foto: Chico Ribeiro

Willams Araújo

O deputado estadual Zé Teixeira (DEM) advertiu nesta quinta-feira que o projeto do governo federal sobre o "zoneamento agroecológico da cana-de-açúcar" não pode atrapalhar os produtores rurais de Mato Grosso do Sul.

O deputado se refere ao projeto de lei que deve ser enviado no começo de outubro ao Congresso Nacional pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que veta o plantio de cana na BAP (Bacia do Alto Paraguai)

Zé Teixeira, que representa a classe ruralista na Assembléia Legislativa, disse que prefere não acreditar na versão de que o governo pretende até mesmo reduzir a área de plantio de grãos no Estado.

Ele se referiu a informações segundo as quais, a intenção do governo seria reduzir de 23% para 11% a área destinada ao plantio de grãos no País.

O democrata também rechaçou o fato de o governo federal ter atribuído à classe produtora a responsabilidade pelo aumento da área desmatada no País.

"É muito fácil o presidente transferir toda a responsabilidade ao setor produtivo (...). Então, a melhor coisa seria a gente passar todas as propriedades para o governo federal e ele (presidente) nos contratar como gestores", reagiu o democrata, contra-atacando que a culpa pelo elevado índice de desmatamento no País é de governos anteriores, que não tinham técnicos especializados para orientar o setor.

O parlamentar protestou ainda em relação a dados do governo que atribuem aos produtores os danos causados ao meio ambiente. "Hoje quem mais polui é o setor urbano, e o que mais preserva é o setor rural".

Zé Teixeira também fez menção ao projeto de lei do ZEE(Zoneamento Ecológico Econômico) remetido à Assembléia Legislativa pelo governador André Puccinelli (PMDB), que, segundo o Executivo preserva o bioma Pantanal e não irá permitir a instalação de usinas de álcool na região do Pantanal.

"O que o governo do Estado queria era que fosse editada uma Medida Provisória e não encaminhado um projeto que atrapalhe o produtor", sugeriu durante aparte ao discurso do deputado estadual Paulo Corrêa (PR), que usou a tribuna da Casa para discordar da forma como a mensagem do governador começou a tramitar na Assembléia, sem que a Comissão de Meio Ambiente, a qual preside, não fosse ouvida.
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