Parlamentares defendem mais recursos para educação especial

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Professor Rinaldo levantou o assunto ao divulgar simpósio sobre dislexia em que representará a ALMS
23/05/2019 - 11:26 Por: Fernanda Kintschner   Foto: Luciana Nassar

Os deputados estaduais por Mato Grosso do Sul usaram a tribuna na manhã desta quinta-feira (23), para defender mais recursos para educação especial. O assunto foi suscitado pelo deputado Professor Rinaldo (PSDB), que irá representar a Assembleia Legislativa no IV Simpósio sobre Dislexia, que começa hoje em Cuiabá (MT) – saiba mais aqui.

Segundo o parlamentar, apesar das dificuldades, é possível falar que a área em Mato Grosso do Sul cumpre seu papel. “Temos muitas entidades de referência nacional, estamos sempre entre as mais bem avaliadas das escolas públicas que recebem alunos pela inclusão social, mas ainda há muito o que investir. Por exemplo, na questão da dislexia, o quanto antes for identificado, mais se consegue minimizar o impacto na aprendizagem”, afirmou Rinaldo.

Alguns famosos com dislexia foram lembrados pelo deputado, como Winston Churchill, ex-primeiro-ministro do Reino Unido, a cantora Cher e o empresário Walt Disney. A dislexia é um transtorno neurobiológico específico de dificuldade com a linguagem, que se manifesta nas habilidades de leitura, fluência e velocidade - leia aqui. Professor Rinaldo relembrou ainda a Lei 4.770/2015, de sua autoria, que autorizou o Poder Executivo a implementar Centros Avançados de Estudos para capacitação de educadores das redes pública e privada com o objetivo de inserção escolar de alunos especiais.

“Os profissionais que atuam na educação especial receberam uma vocação de Deus, porque a profissão você escolhe, mas a vocação recebe. E lidar com crianças não só dislexas, mas soropositivas, com múltiplas dificuldades motoras e intelectuais, enfim, o que seria da população se não tivessem eles para cuidar e dedicar suas vidas”, reiterou.

O deputado Barbosinha (DEM), líder do Governo na Casa de Leis, concordou. “Sabemos das dificuldades, mas conseguimos alguns avanços. Somente o diálogo vai auxiliar na melhoria do setor e sabemos sim que se não fossem as entidades a Rede Estadual de Ensino não estaria preparada para dar conta de toda a demanda”, destacou. Lídio Lopes (PEN) completou. “Esse serviço essencial ainda está inteiramente ligado com a Saúde da população, mas temos que levar em conta que com os cortes do Governo Federal para a Assistência Social fica difícil não entrar no efeito cascata que isso gerou”, ponderou.

Para o deputado Pedro Kemp (PT), além disso ainda há ajustes a se fazer em relação aos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). “Foi anunciado o corte de 30% do Fundeb. O Governo do Estado cede professores para a educação especial, mas se algum tira licença não há permissão para substituição e a sala de aula fica prejudicada. Eu e o Barbosinha falamos com o Governo e ficamos de receber uma resposta para como será resolvida essa situação, mas reafirmo o trabalho complexo e especializado que envolve a educação especial e precisamos que ela não seja prejudicada”, finalizou.

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