Rinaldo lamenta mais um feminicídio em MS e deputados pedem mudança social

Imagem: Deputado lamentou  morte de uma pastora de Aquidauana morta a tiros pelo marido durante o culto
Deputado lamentou morte de uma pastora de Aquidauana morta a tiros pelo marido durante o culto
28/08/2019 - 12:14 Por: Fernanda Kintschner   Foto: Luciana Nassar

O deputado Professor Rinaldo (PSDB) usou a tribuna nesta quarta-feira (28) para lamentar a morte de mais uma mulher vítima de feminicídio em Mato Grosso do Sul. “É inadmissível que vivemos em uma sociedade de mais de 2 mil anos e ainda há pessoas que não conseguem conviver com o diferente, com a adversidade”, discursou o deputado.

Ele se referiu ao assassinato de Rose Meire Fermino de Andrade Mendonça, pastora em Aquidauana, morta a tiros pelo ex-marido Carlos Alberto Mendonça durante o culto, por ele não ter aceitado a separação.

“Independentemente de religião, uma pessoa entrar em um templo religioso, lotado e ter a coragem de assinar alguém a sangue frio é chocante. O Brasil tem números de países em guerra e é preciso mudar essa realidade indo na raiz da violência, discutindo o mundo que queremos, com mais harmonia, compreensão e temor a Deus”, considerou o deputado Barbosinha (DEM) em aparte.

Rinaldo ponderou que mudar uma cultura não é fácil. “Está provado que é preciso mudar a formação cultural, em que vem desde as frases ‘meu filho é macho, é forte, tem várias namoradinhas’. Aí no futuro ele se sente empoderado inconscientemente a fazer coisas como essa, que extrapolam a razão humana. O Brasil é dos países que mais matam mulheres e isso vem crescendo”, lamentou.

O parlamentar citou que é preciso iniciativas como a Lei Estadual 4.969/2016, de sua autoria, que criou o Programa Maria da Penha vai à Escola visando a sensibilizar a sociedade sobre a violência doméstica e familiar contra a mulher a crianças e adolescentes ao divulgar a Lei Maria da Penha, que criou mecanismos para coibir tal violência. “Ampliar a efetividade das leis, aumentar a punição aos agressores e educar as pessoas”, disse Rinaldo.

Herculano Borges (Solidariedade) também lamentou o feminicídio. “Há duas semanas  estive com a pastora Rose em Aquidauana. Ela fazia atendimento de crianças e famílias em vulnerabilidade social e recebemos essa notícia com tristeza. O autor dos disparos teria fugido, segundo a imprensa, voltou com uma faca, se feriu e foi socorrido, mas ela faleceu. Aproveito para divulgar que o trabalho social dela precisa ter continuidade, buscar parcerias para mudar a cultura de nossos jovens, com leis que venham para somar e dar mais segurança para nossas mulheres”, finalizou.

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