Cadê a transparência do Governo de MS, pergunta deputado
O deputado João Henrique (PL) subiu hoje (02.03) à tribuna na Assembleia Legislativa de MS para mostrar sua indignação diante do reiterado pedido de vista ao requerimento de número 356/23 por ele protocolado na Casa de Leis, no qual solicita, nada menos, que o Governo do Estado cumpra com a tão divulgada transparência, relacionando as pessoas nomeadas em cargos comissionados no Estado de Mato Grosso do Sul neste início de mandato.
“O governo do Estado, em duas oportunidades, se utilizou de manobras regimentais para que o requerimento não chegasse a plenário, mas hoje chega. Um parlamentar pedir a lista de pessoas nomeadas nos cargos comissionados, as hiper contratações que o governo vem fazendo, e ter o seu acesso negado é, além de decepcionante, motivo de vergonha para este parlamentar”.
Segundo o parlamentar, é preciso honrar o voto e a confiança do eleitor, feito no juramento de início de mandato, eleitor este que tem o direito de acesso a este tipo de informação. “Como é que eu vou resolver se os meus olhos estão sendo vendados, o que eu vou resolver se eu tiver que olhar o Diário Oficial do Estado de todos os dias para saber onde estas pessoas estão sendo alocadas? O governo, então, tem a intenção de esconder isso desta Casa de Leis? O Governo do Estado tem a intenção de não mostrar o quanto ele gasta empregando as pessoas?".
Durante a fala, o deputado João Henrique lançou um desafio: que o governador Riedel não conhece as pessoas que ele nomeou, não sabe o nome e nem onde trabalha! “É tanto, que sequer sabemos se cabem nos prédios públicos onde estão lotados e nomeados. Nós sequer sabemos ou podemos ter o conhecimento se a logística permite a quantidade de funcionários contratados. Eu só quero trabalhar, atuar, fiscalizar e para isso preciso ter conhecimento.”
E faz um chamado: “Servidor público, acorde e se levante. Este requerimento de número 356 precisa ser aprovado. Nós, sem a aprovação dele, não teremos conhecimento da quantidade de servidores em cargos comissionados e não poderemos, em matéria orçamentária, comparar os gastos e verificar se isso está certo”.