Nelsinho Trad apóia diretores de hospitais da Capital para melhorar atendimento à saúde

28/04/2003 - 22:00 Por: Assessoria de Imprensa/ALMS   

<P>Na reunião organizada pela Comissão de Saúde da Assembléia para debater os problemas dos hospitais públicos de Campo Grande foram apontadas diversas dificuldades e enumeradas algumas soluções pelos diretores das instituições de saúde. O Presidente da Comissão de Saúde, Nelson Trad Filho, abriu democraticamente os trabalhos solicitando aos diretores dos hospitais que expusessem os principais problemas enfrentados no atendimento à população. </P><P>O Diretor Geral do HU, Hospital Universitário, Luis César Anzoategui, classificou como “impraticável e muito aquém do que podemos oferecer à população a situação da instituição”. Para exemplificar as adversidades existentes disse que “ várias macas do centro cirúrgico foram transferidas para o Pronto Socorro para não deixarmos de atender os doentes”. O médico afirmou que o os custos opercionais do HU estão defasados desde 1998, “já que não houve aumento do teto financeiro para garantir o funcionamento satisfatório do hospital “. </P><P>Situação semelhante é apontada pelo Diretor-Presidente da Santa Casa, Sinval Martins de Araújo, ao declarar que “há cinco anos não ocorre a atualização do teto financeiro da instituição mesmo com as constantes superlotações e os previsíveis aumentos dos custos hospitalares”. Sinval Araújo disse que mais de noventa por cento dos atendimentos da Santa Casa são de pacientes do SUS, Sistema Único de Saúde, e que a tabela de remuneração do sistema “é muito baixa, sem reajustes desde 1998, e precisamos levar em conta que medicamentos e materiais hospitalares tem crescentes aumentos”. </P><P>Comparando a defasagem do SUS com o salário mínimo o Diretor-Presidente da Maternidade Cândido Mariano, Issam Moussa, denunciou que “a diferença chega a quase duzentos por cento”. Ele comparou o hospital “à irmã pobre das instituições públicas de saúde, que não recebe reajuste do teto financeiro há sete anos”. </P><P>Outra questão debatida na reunião foi o pleno funcionamento do Hospital Regional como alternativa para aliviar a superlotação nos demais centros de saúde pública de Campo Grande. O diretor da instituição, Salvador Arruda, explicou que o hospital abriga 400 leitos, mas, que,atualmente, apenas 234 estão em funcionamento. Ele acredita que “até o final do ano a instituição estará integralmente em funcionamento”. </P><P>Um dos problemas citados pelo diretor do Hospital Regional “é a carência de profissionais de saúde pela baixa remuneração oferecida pelo poder público”. Ao destacar esta dificuldade os deputados presentes na audiência, Nelsinho Trad (PMDB), Simone Tebet(PMDB) e Antonio Carlos Arroyo(PL), foram unânimes em apoiar a autonomia financeira da entidade , defendendo a conversão do Hospital Regional em uma fundação.</P><P> Ao final do encontro o Presidente da Comissão de Saúde manifestou a seriedade do tema debatido e avaliou como “caótica a situação dos hospitais públicos de Campo Grande, com problemas crônicos que propiciam o colapso do sistema de saúde”. De imediato Nelson Trad Filho apresentou duas propostas. A primeira delas é de realizar um fórum de debates com todos os Presidentes das Comissões estaduais de Saúde, para reunir subsídios e encaminhar a questão ao Ministério da Saúde. </P><P>A segunda resolução é promover uma segunda reunião, num prazo de quinze dias, na qual os diretores dos hospitais vão apresentar as propostas que consideram importantes para cada instituição. Segundo Nelsinho Trad “estas sugestões serão endereçadas aos órgãos competentes nas esferas municipal, estadual e federal para solucionarmos o caos no atendimento hospitalar do SUS”. </P>
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