Amarildo Cruz quer apuração de morte como crime de racismo
Deputado Amarildo Cruz
27/08/2009 - 11:06
Por: Adriano Furtado
Foto: Giuliano Lopes
O rapaz baleado em dezembro de 2007 morreu no hospital em janeiro de 2008. O assassinato teria sido encomendando por um tio da namorada de Anderson que não aceitava o relacionamento dela com um negro.
O deputado também lamentou que Mato Grosso do Sul não tenha aderido ao Programa Nacional de Combate ao Racismo, o que teria permitido a instalação no Estado de delegacia especializada na Promoção da Igualdade Racial.
A resposta da Diretoria Geral de Polícia Civil (DGPC) ao expediente encaminhado pelo parlamentar em dezembro do ano passado solicitando a adesão foi que o número de ocorrências policiais desta modalidade era muito pequeno para justificar a instalação da unidade.
"Não existe negro ou indígena neste estado que não tenha um caso pessoal de discriminação a relatar", denunciou Amarildo Cruz.
Agressão - O deputado lembrou também espancamento sofrido por Januário Alves de Santana, 39 anos, agredido por seguranças do Carrefour, em Osasco (SP), na noite do dia 07 de agosto.
O funcionário da USP é negro e foi confundido com um ladrão quando tentava abrir o próprio carro, um Ecosport.
"O racismo é o sintoma de uma sociedade ruim, que não evolui", disse o parlamentar responsável pela lei n° 3.594/08, que propõe cota de 10% para negros aprovados em concursos públicos de Mato Grosso do Sul.
Amarildo reclamou que nove meses após a aprovação da lei ainda não houve regulamentação da norma pelo governo do Estado. Os negros representam 42% da população sul-mato-grossense, mas apenas 4% dos servidores públicos são desta etnia, explicou o deputado.
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Crédito obrigatório para as fotografias, no formato Nome do fotógrafo/ALEMS.
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