Amarildo: desburocratização pode evitar queimadas no Pantanal

Imagem: Conforme Amarildo, nos últimos anos as cheias têm sido menores no Pantanal, o que aumenta a possibilidade de queimadas.
Conforme Amarildo, nos últimos anos as cheias têm sido menores no Pantanal, o que aumenta a possibilidade de queimadas.
22/05/2013 - 12:23 Por: Paulo Fernandes    Foto: Giuliano Lopes

Após a audiência pública “Os Impactos das Queimadas no Pantanal Sul-Mato-Grossense”, ontem (21/5), uma proposta foi encaminhada à Semac (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, das Cidades, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia) pedindo alteração na Resolução 23, que trata das queimadas controladas.

A intenção é desburocratizar o trâmite para conseguir a autorização para fazer a queimada controlada, evitando assim que proprietários rurais coloquem fogo sem que sejam tomadas as medidas necessárias de controle.

Segundo o propositor da audiência pública, deputado Amarildo Cruz (PT), para requerer a autorização para a queimada controlada o proprietário rural precisa fornecer uma quantidade tão grande de documentos que torna inviável o pedido. “Na prática, o pedido para a queimada controlada não acontece porque é impossível que ele consiga fornecer tudo”, disse. Ele está confiante de que a Semac irá fazer as alterações na resolução.

O evento foi realizado no Centro de Convenções Miguel Gomez, em Corumbá. A cidade foi escolhida por ser palco de várias queimadas, principalmente na época de estiagem. “Resolvi fazer essa audiência porque quando fui superintendente do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis) pude ver os danos que as queimadas fazem no Pantanal”, explicou Amarildo.

As queimadas prejudicam a fauna e a saúde das pessoas, que têm dificuldade para respirar. “A cidade fica envolta de fumaça e a população de Corumbá não merece isso”, afirmou.

Segundo Amarildo, nos últimos anos as cheias têm sido menores no Pantanal, o que aumenta a possibilidade de queimadas. Ele avaliou ainda que as discussões na audiência pública, em Corumbá, foram de “altíssimo nível”.

Participaram da audiência pública representantes do Ibama, Corpo de Bombeiros, da prefeitura de Corumbá, de Ongs e da Semac, entre outros.
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