Deputado Coronel David critica idade mínima na reforma da previdência "totalmente arbitrária"
Deputado reprova a proposta de idade mínima na reforma da previdência
28/03/2017 - 17:56
Por: Taciane Peres DRT 512 - MS
Foto: Denílson Secreta
Participando da audiência e ouvindo atentamente representantes de diversas categorias como a dos professores, policiais civis, policiais militares, psicólogos, trabalhadores da área da saúde e diversos outros segmentos, o deputado Coronel David (PSC) apoiou o debate e reforçou sua opinião contrária a respeito das propostas da reforma. "Acredito que essa audiência pública vem totalmente de encontro com os interesses do trabalhador, que será muito prejudicado caso essas propostas da reforma da previdência sejam aceitas. Temos que provocar a discussão, temos que juntar forças, pois essa é uma situação que impactará todo o povo brasileiro. O mínimo que o Governo Federal deveria fazer era disponibilizar à sociedade números reais sobre o rombo na previdência, mas o que encontramos são informações obscuras e desencontradas. Diante deste desencontro de informações, alguns números foram divulgados e chamaram a atenção, como os de grupos empresariais, grupos econômicos e órgãos públicos de Estados e municípios que teriam uma dívida de R$ 450 bilhões de reais junto a previdência social. O que é mais estranho nisso tudo é que ninguém fala sobre esses valores, ninguém cobra e quem está pagando a conta é o trabalhador", indagou o deputado.
Proposta arbitrária
"Destaco um ponto muito importante sobre a reforma da previdência, que é o da idade mínima. Como é possível querer arbitrar a idade mínima para toda a categoria dos servidores públicos sem se atentar à natureza das atividades desenvolvidas por diferentes categorias? Ou é possível comparar a atividade de um policial que dá a própria vida para defender a sociedade, com a atividade de um escritor intelectual, por exemplo? É claro que não estou desconsiderando nenhum segmento, mas discordo totalmente da imposição da idade mínima quando existem diferentes categorias que exercem diferentes tipos de atividades, cada qual com suas responsabilidades. Isso é totalmente arbitrário e um retrocesso ao Brasil", finalizou Coronel David.
Dentre as várias mudanças, a PEC prevê que somente receberão proventos integrais os trabalhadores que totalizarem 49 anos de contribuição. Para receber 100% do salário de benefício aos 65 anos, portanto, será necessário que o trabalhador ingresse no mercado aos 16 e trabalhe ininterruptamente até os 65.
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